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Confira a avaliação do quadro político pré-eleitoral paranaense |
Confira a avaliação do quadro político pré-eleitoral paranaense| Foto:

Faltando exatamente um ano para a eleição que vai definir o novo governador do Paraná, o quadro das candidaturas e das alianças está em banho-maria. Embora os quatro principais pré-candidatos – o prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB), o senador Alvaro Dias (PSDB), o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT) – já estejam em pré-campanha, os partidos no estado estão engessados à espera das composições nacionais para a eleição presidencial, além de precisar resolver pendências internas.

O PSDB tem de optar entre Beto Richa e Alvaro Dias. Ambos colocaram os nomes à disposição e a escolha será feita com base em pesquisas de opinião pública. Na última semana, às vésperas do fim do prazo para filiações partidárias (encerrado ontem), o ninho tucano inchou principalmente por novos aliados de Richa. "O PSDB está muito bem organizado e estruturado em todo o Paraná. As boas perspectivas para as eleições, como a posição de favoritismo do José Serra (governador de São Paulo) nas pesquisas nacionais, também é um atrativo", justifica Beto Richa.

Embora o prefeito afirme que a antiga aliança com o PDT de Osmar Dias não esteja descartada, os dois partidos estão em direções opostas. As conversas de Osmar Dias com o PT estão adiantadas, mas não devem ter desfecho rápido. "É preciso clarear a questão nacional e os dois partidos precisam ter consenso sobre isso. Tenho conversado bastante com o Lula e com líderes do PDT e do PT, mas não dá para a gente fechar nada ainda", explica o senador. Para Osmar Dias, o cenário da disputa no Paraná, de forma geral, "está completamente indefinido".

Se no PSDB e no PDT há consenso em torno da candidatura própria ao governo do estado, o mesmo não ocorre com o PMDB. O vice-governador, Orlando Pessuti, enfrenta dificuldades para convencer uma ala do partido, formada principalmente por deputados estaduais que defendem a aliança com o PSDB, a aderir à campanha. Pré-candidatos a deputado pelo PMDB temem não conseguir manter as 18 cadeiras na Assembleia Legislativa se disputarem a eleição com chapa pura, sem alianças.

Para Pessuti, a preocupação não se justifica. "Temos 18 deputados e 20 pré-candidatos. Ninguém na chapa faz menos de 40 mil votos. Não vejo dificuldade de se eleger no PMDB", afirma.

Fatos políticos

Faltam definições, mas sobram fatos políticos. Desde a sexta-feira, por exemplo, os três pré-candidatos estão cumprindo agenda no interior. Osmar e Richa in­­­clusive se encontraram num mes­­mo evento em Guarapuava.

Richa foi à cidade na região central e, depois, embarcou para o Norte do estado, onde cumpriu ontem agenda em cinco municípios do Vale do Ivaí. Osmar Dias esteve em Tibagi e Guarapuava na sexta-feira e, no sábado, coordenou em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, um debate para elaborar seu plano de governo.

Orlando Pessuti "colou-se" no governador Roberto Requião (PMDB) nas solenidades oficiais do governo e apareceu em várias fotos na Agência Estadual de Notícias, participando da entrega de 288 casas em Cascavel e de 84 ônibus escolares para 30 municípios do Oeste paranaense.

Expectativa

Outros partidos que não têm intenção de lançar candidatos a governador devem atuar como coadjuvantes dos três principais candidatos. O PT não preparou um nome para concorrer ao governo e tem como projeto eleger Gleisi Hoffmann para o Senado. O partido oscila entre o apoio a Osmar Dias ou a Pessuti. O presidente Lula pretende formar uma ampla aliança com os partidos da base de apoio, incluindo PDT e PMDB, para oferecer um palanque forte no Paraná para a candidata Dilma Rousseff. Mas o governador diz que não sobe no mesmo palanque que Osmar Dias.

Já o DEM e o PP estão divididos. Ambos fizeram parte da coligação que trabalhou para Osmar Dias, em 2006 e que reelegeu Beto Richa em 2008. Uma ala do DEM, liderada pelo presidente estadual e deputado federal Abelardo Lupion, quer Osmar Dias. Outras lideranças trabalham pela aliança com os tucanos.

No PP, o grupo do deputado federal Ricardo Barros, que comanda o partido no Paraná, quer coligação com Osmar Dias, mas não há consenso. Lupion e Barros são pré-candidatos ao Senado e estão tentando viabilizar espaço para poder disputar a eleição.

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