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Novas buscas na casa de Abadía

Curitiba - A Polícia Federal fez buscas ontem na mansão localizada em um condomínio no Campo Comprido, em Curitiba, que era utilizada pelo traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía quando visitava a capital paranaense. A PF não revelou o os motivos da nova busca, apenas que a casa teria sido alvo de uma tentativa de assalto, mesmo lacrada. Na casa moravam dois integrantes da quadrilha do traficante, o casal Victor García Verano e Aline Nunes Prado. Os dois e Elisa Maia Freitas Guimarães foram presos em um hotel curitibano na última terça-feira.

A residência vale cerca de R$ 2 milhões. Como aconteceu com Abadía, Verano também se submeteu a cirurgia plástica na tentativa de alterar o rosto conhecido da polícia. Abadía tinha pelo menos duas empresas de lavagem de dinheiro do narcotráfico na cidade, a Euro Negócios Imobiliários e a Euro Importação e Exportação.

Traficante Abadia passou por pelo menos três cirurgias plásticas

Juan Carlos Ramirez-Abadia, um dos traficantes mais procurados do mundo, usava várias identidades no Brasil e, para não ser descoberto, fez pelo menos três cirurgias plásticas no rosto.

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O avião da Polícia Federal que transportava o colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia, o Chupeta, um dos traficantes mais procurados do mundo, pousou na Base Aérea de Campo Grande (MS) às 17h25 deste sábado (11). Ele foi escoltado por 36 agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e Polícia Federal.

Equipes do Depen e da PF de Campo Grande aguardavam o avião na pista da Base Aérea. Abadia estava algemado nas mãos e nos pés e foi escoltado para o presídio federal, onde também está detido o traficante Fernandinho Beira-Mar. Ele deve permanecer no local até a extradição para os Estados Unidos, onde responde a processo que tramita no distrito oeste de Nova York.

Saída de SP

Abadia saiu da sede da Polícia Federal (PF), na Zona Oeste de São Paulo, na tarde deste sábado (11). Por volta de 16h40, ele embarcou no avião da Polícia Federal, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O avião decolou às 17h.

A Vara de Execução Penal Federal de MS autorizou na sexta-feira (10) a transferência do traficante para aquele presídio, onde está preso o também traficante Fernandinho Beira-Mar.

O pedido de transferência foi feito à Justiça pela Polícia Federal de São Paulo. Os motivos alegados foram questões de segurança e que a sede da PF, na Zona Oeste, é apenas um local de passagem e não pode abrigar presos durante muito tempo.

A Justiça de São Paulo formalizou o pedido de transferência ao juiz Odilon de Oliveira, de Campo Grande. Ele passou a solicitação ao Ministério Público Federal do estado, que considerou que a transferência preenchia todos os requisitos necessários. Com o parecer do MPF em mãos, o juiz autorizou a ida de Abadia para o Mato Grosso do Sul.

Prisão

Abadia foi preso no dia 7 na mansão dele, avaliada em R$ 2 milhões, na Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, durante a Operação Farrapos. No dia 8, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia autorizado o decreto de prisão com fins de extradição. Ele é acusado de mandar matar 15 pessoas nos Estados Unidos e outras 300 na Colômbia.

O colombiano envolveu-se com o tráfico de drogas em 1986 e hoje é o líder do cartel de drogas no Vale Norte da Colômbia. Em 1996 ele foi preso e cumpriu quatro anos e três meses de detenção pelo envio de 30 toneladas de cocaína para os Estados Unidos.

Abadia comandava uma organização criminosa que revendia cocaína na Europa e nos Estados Unidos. O dinheiro angariado na venda era retirado dos EUA por meio do México e de lá, transferido para o Uruguai, país de ramificação com as empresas laranjas do colombiano no Brasil. As empresas de exportação, embarcações e imóveis faziam negócios no Uruguai, tornando lícito o dinheiro da droga.

O colombiano confessou à Polícia que trouxe US$ 16 milhões para viver com conforto no Brasil. Em sua residência na Grande São Paulo, foram encontrados US$ 544 mil, 250 mil euros e R$ 55 mil, que estavam em cofres e em compartimentos sigilosos, como caixas de som. Além de dinheiro, havia jóias e relógios de grife.

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