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Suspeita de ter participação nas escutas ilegais feitas nos telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é campeã de gastos secretos e saques em dinheiro com cartão corporativo. Segundo dados atualizados nesta segunda-feira (1º) pelo "Portal da Transparência", a Abin sozinha pagou em 2008 cerca de 13,5% de todas as despesas do cartão.

Este ano, até o fim de julho, a agência já tinha usado seus cartões num total de R$ 3.695.702,77, gasto superior ao da Secretaria da Presidência da República - R$ 3.052.800,58. Parte de sua prestação de contas, aliás, foi considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU), há duas semanas. A Abin foi censurada por usar dinheiro vivo, sacado com cartões, para pagar 99,9% das despesas. Entre os problemas detectados estava a "aquisição irregular de material permanente e pagamentos e gratificações a informantes e colaboradores eventuais".

Nos últimos anos, as despesas feitas pela Abin com cartões só têm aumentado. Em 2002, foram de R$ 1,7 milhão. No ano seguinte, passaram para R$ 1,9 milhão. Em 2004, aumentaram para R$ 2,2 milhões. Em 2005, ocorreu o primeiro grande salto, com as contas passando para R$ 5,2 milhões. Um ano depois, chegaram a R$ 5,5 milhões.

Essa despesa mais do que dobrou em 2007, alcançando cerca de R$ 11,5 milhões. A agência justificou esse salto com as atividades especiais de inteligência por conta da organização dos Jogos Pan-Americanos do Rio.

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