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Os mais de 1,2 mil índios que ocupam desde segunda-feira (4) a Esplanada dos Ministérios voltam para suas terras no fim da tarde desta sexta (8). O resultado do 6º Acampamento Terra Viva é considerado positivo pelos organizadores. Em 6 anos de movimento, este foi o de maior engajamento da população indígena brasileira, cerca de 160 etnias estiveram presentes.

"O nosso povo hoje está mais consciente do movimento indígena e da sua participação", afirma o coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal e Mato Grosso do Sul (Arpipan), Ramão Terena.

Do ponto de vista político, a avaliação não é tão positiva. A necessidade de anualmente revindicar os direitos indígenas é sinal da falta de ações políticas para proteger os direitos da índios. "Estamos cansados de entregar cartas, a gente quer ação. Documentos, a gente já entregou muito. Agora, queremos ação", diz Terena.

Durante a semana, o ministro da Justiça, Tarso Genro, visitou o acampamento e recebeu vários documentos, solicitando providências para problemas de cunho fundiário. A questão da demarcação de terras é a mais questionada pelos índios. As terras guarani, na região do Mato Grosso do Sul tem prazo até 30 de julho para ser demarcada.

Segundo o representante da Diretoria de Assuntos Fundiários da Fundação Nacional do Índio (Funai), Aluísio Azenha, o processo para demarcação da região será realizada a tempo. "O processo não está parado. Em junho, os antropólogos voltam a campo para a última etapa dos levantamentos". Azenha esteve no acampamento para informar os índios a respeito dos processos de demarcação de terras indígenas.

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