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São Paulo (Folhapress) – No primeiro depoimento público depois de sua saída da Casa Civil, o ex-ministro José Dirceu irá falar amanhã aos membros do Conselho de Ética da Câmara sobre as acusações de que ele estaria envolvido no esquema do mensalão. No mesmo dia, membros da CPI deverão votar requerimento para sua convocação.

Dirceu se manteve isolado nos últimos dias preparando-se para depor. O ex-ministro foi orientado a ser agressivo e a encarar, olho no olho, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Foi aconselhado também a usar gestos fortes, como dedo em riste, para desqualificar o oponente e caracterizá-lo como mentiroso.

Dois especialistas em questões eleitorais, Fernando Neves, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e José Antônio Toffoli, seu assessor para assuntos jurídicos na Casa Civil, estão orientando o ex-ministro.

Além do mensalão, Dirceu deverá incluir na sua estratégia argumentos para se defender das recentes denúncias de que Roberto Marques, seu assessor, teria sido autorizado a fazer saque de R$ 50 mil em uma das contas das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza.

Simone Vasconcelos, diretora financeira da SMPB, uma das empresas de Valério, confirmou ter autorizado Marques a sacar em São Paulo o dinheiro em uma agência do Banco Rural. A diretora disse que confirmará a versão – que ligaria Dirceu ao esquema do suposto "mensalão" – em depoimento à Polícia Federal hoje, e à CPI dos Correios, na quarta-feira.

No sábado, a revista Veja divulgou cópia de um documento apreendido pela PF em Belo Horizonte (MG) que comprovaria o saque de R$ 50 mil feito por Marques.

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