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Ana Maria: desabafo e pedido por direito a defesa | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Ana Maria: desabafo e pedido por direito a defesa| Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo

Em uma sessão tumultuada e com reforço policial, a Câmara Municipal de Ponta Grossa (Campos Gerais) abriu o ano legislativo na tarde de ontem com a aparição da vereadora Ana Maria de Holleben (PT), que teria mentido sobre o próprio sequestro. Ela subiu à tribuna para dizer que não lembrava nada sobre o seu sumiço após a posse dos vereadores no dia 1.º de janeiro. Ana Maria responde a inquérito policial por simular o próprio sequestro e terá de enfrentar na Câmara uma CPI e um processo na Corregedoria.

Ana Maria contou que está em tratamento para depressão profunda e que só se recorda de estar na zona rural de Piraí do Sul, no dia 2 de janeiro, sozinha. "Eu queria ter participado da eleição da Mesa", disse a parlamentar, que negou ter sofrido qualquer pressão para não participar do processo.

A vereadora desabafou, dizendo que "já foi julgada e condenada" por alguns colegas do Legislativo no episódio do autossequestro. Ela também afirmou que pretende ter o direito de defesa assegurado nos dois processos a que vai responder na Casa. "Quero que a CPI não vire um espetáculo", afirmou.

A galeria da Casa estava repleta de pessoas que vaiavam e aplaudiam a vereadora. O presidente do Legislativo, Aliel Machado (PCdoB), pediu silêncio durante os discursos dos vereadores.

CPI e Corregedoria

Na sessão de ontem, os vereadores também definiram os integrantes da Corregedoria e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vão apurar a conduta de Ana Maria. O processo na Corregedoria, que pode culminar na cassação da vereadora, tem como presidente o vereador George Luiz de Oliveira (PMN), que é líder de governo na Casa. Sebastião Mainardes Junior (DEM), Alysson Zampieri (PPS), Valdenor Paulo do Nascimento (PSC) e Jorge da Farmácia (PDT) fecham o grupo.

Os vereadores George, Mainardes e Alysson também farão parte da CPI. Além deles, ainda irão participar da comissão os vereadores Pietro Arnaud (PTB) e Antonio Laroca Neto (PDT). A CPI tem 90 dias para ser concluída, mas o prazo pode ser prorrogado por igual período. Os membros ainda vão se reunir para definir quem serão o presidente e o relator.

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