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Renan: construtora Mendes Júnior, que pagou propina, foi beneficiada com emendas parlamentares. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Renan: construtora Mendes Júnior, que pagou propina, foi beneficiada com emendas parlamentares.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Justiça Federal de Brasília abriu ação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na qual ele é acusado de improbidade administrativa por receber propina da construtora Mendes Júnior para pagar despesas pessoais. O dinheiro, segundo a acusação, serviu para Renan custear uma relação extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso, com quem teve uma filha.

A denúncia da Procuradoria da República no Distrito Federal havia sido enviada à Justiça no ano passado.

De acordo com os procuradores, Renan forjou documentos para justificar que tinha recursos para pagar as despesas com Mônica e sua filha. Ele também é acusado de ter enriquecido ilicitamente.

Na ação ainda é dito que Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Júnior, fazia os pagamentos para Renan e que a construtora foi beneficiada por emendas parlamentares apresentadas pelo Senador.

Renúncia

A ação remonta a um caso de 2007, que levou Renan à renúncia do cargo de presidente do Senado para salvar seu mandato de senador.

Renan também é investigado pelo STF através de um inquérito aberto em 2007, que avalia a parte criminal do caso (ações de improbidade contra políticos com mandato são julgados na rimeira instância, enquanto as criminais ficam no STF devido ao foro privilegiado do cargo). Pouco antes de ele tentar voltar à presidência do Senado, no ano passado, o então procurador-geral da República Roberto Gurgel chegou a apresentar denúncia contra o senador.Gurgel acusou Renan de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato (desvio de dinheiro público).

Para justificar que tinha renda para fazer os pagamentos à amante, Renan apresentou documentos e afirmou que tinha ganho dinheiro com a venda de gado. O problema é que o suposto comprador negou que tenha adquirido bois do senador.

Na denúncia, Gurgel disse que Renan “não possuía recursos disponíveis para custear os pagamentos feitos a Mônica Veloso no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006, e que inseriu e fez inserir em documentos públicos e particulares informações diversas das que deveriam ser escritas sobre seus ganhos com atividade rural”.

O STF ainda não analisou a denúncia contra. Quando o fizer, e caso a aceite, Renan se transformará em réu. O caso está com o ministro Luiz Edson Fachin, que pediu manifestação do Ministério Público Federal (MPF).

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