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Cardozo vai trabalhar para a prefeitura de São Paulo representando o município em causas que correm em Brasília. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Cardozo vai trabalhar para a prefeitura de São Paulo representando o município em causas que correm em Brasília.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Depois de ter a atuação como advogado elogiada até por desafetos no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro José Eduardo Cardozo trabalhará para a prefeitura de São Paulo na gestão do prefeito eleito João Doria (PSDB). Após um período de quarentena a todos os ministros do governo da petista foram submetidos, Cardozo reassumiu nesta quarta-feira (16) a função de procurador do município, para o qual prestou concurso há 34 anos. Doria assume a prefeitura em janeiro, substituindo o atual prefeito, Fernando Haddad (PT).

Cardozo havia se licenciado da função há 21 anos para atuar na vida política e, mesmo após a derrota de Haddad para Doria ainda no primeiro turno, não desistiu de reassumir. À reportagem negou qualquer tipo de mal-estar por trabalhar para a prefeitura em uma gestão tucana: “Absolutamente nenhum constrangimento. A população escolhe o governo e eu, como procurador, atuo dentro da minha função estrita. Não há nenhum problema. O funcionário de carreira trabalha com qualquer governo, é seu dever”.

Em Brasília

O ex-ministro trabalhará no escritório da Procuradoria em Brasília, representando os interesses de São Paulo nos tribunais superiores e também se dedicará ao exercício da advocacia em um escritório privado. Como entrou na Procuradoria antes da Constituição de 1988, nada impede que exerça as duas atividades desde que a causa não envolva o município. Cardozo também não abandonou a defesa de Dilma em recursos do processo de impeachment.

Já em janeiro do ano que vem, Cardozo se torna sócio do escritório Celso Cordeiro e Marco Aurélio de Carvalho Advogados, que atua em São Paulo e em Ribeirão Preto, no interior paulista. O escritório se dedica à área tributária, mas o petista coordenará a área de direito administrativo, a ser criada. Também expressou o desejo de abrir um escritório na capital federal e por ora, nem cogita um retorno à vida política.

“Vida política, por enquanto, nada. Estou me dedicando muito à minha tese de doutorado. Preciso voltar a Salamanca [Espanha] para conclui-la”, contou Cardozo, que se dedica a estudar a crise de separação dos Poderes no século 21. Em um dos capítulos, inclusive, trata sobre impeachment de Dilma.

Procurado pela reportagem, o prefeito eleito João Doria não quis comentar o retorno de Cardozo à prefeitura de São Paulo.

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