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O dono de uma serralheria de Santa Catarina que se apresentou como um dos ganhadores dos R$ 27,7 milhões do concurso 898 da Mega-Sena teria sacado R$ 285 mil do prêmio e transferido R$ 2 milhões para uma conta bancária antes de desaparecer de Joaçaba (SC), na semana passada.

Segundo reportagem do "Diário Catarinense", as informações foram prestadas pela Caixa Econômica Federal à Justiça e confirmadas pelo advogado Francisco Assis de Lima, um dos defensores do marceneiro Flávio Júnior Biassi, ex-funcionário da serralheria, que acusa o patrão de se apropriar do bilhete premiado.

A assessoria de imprensa da Caixa não confirma a transferência, porque o processo corre em segredo de Justiça. O advogado Guinter Otto Grander, que defende o novo milionário, diz que desconhece esse fato. O G1 está tentando entrar em contato com a família do novo milionário para falar sobre o assunto.

Biassi diz que deu R$ 1,50 e os seis números para que o chefe fizesse a aposta por ele. Informalmente, teriam combinado de repartir o dinheiro em caso de acerto das dezenas. O prêmio estava acumulado em R$ 55,5 milhões e saiu para duas apostas, uma de Rondônia e a outra de Santa Catarina.

Logo depois do sorteio, a Caixa informou que os R$ 27,7 milhões da aposta feita em Santa Catarina foram divididos entre cinco pessoas. O marceneiro não recebeu nada. A família dele reclama que o patrão desapareceu na segunda-feira (3) e entrou na Justiça para tentar reaver o prêmio. O dinheiro da Mega-Sena foi bloqueado na quarta-feira (5) por determinação judicial. De acordo com o advogado Lima, as contas bloqueadas somam R$ 25 milhões.

Ainda segundo o advogado, o processo principal, que visa assegurar o suposto direito de Biassi ao prêmio, tem prazo de 30 dias para ser protocolado. A previsão de Francisco Lima é que na próxima semana o processo, em elaboração, esteja pronto.

Os parentes do patrão de Biassi negam o roubo do bilhete. O advogado Guinter Otto Grander, que defende o dono da serralharia, deve entrar com agravo no Tribunal de Justiça de Santa Catarina para tentar liberar a movimentação das contas com o prêmio da Mega-Sena.

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