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Os advogados Pedro Paulo de Medeiros e Luiz Rassi deixaram nesta quinta-feira (5) a defesa da promotora Deborah Guerner, suspeita de ligação com o mensalão do DEM. Os advogados não informaram a razão para deixarem o caso.

A promotora, que está afastada de suas funções, havia sido presa junto com o marido, Jorge Guerner, no último dia 20, acusados pelo Ministério Público de indícios de fraude processual e por terem viajado à Itália sem prévia comunicação à Justiça. Deborah Guerner e o marido passaram o feriado de Páscoa presos.

Deborah Guerner é suspeita de forjar insanidade mental para não responder processo em que é acusada de corrupção. Ela é investigada em pelo menos três processos relacionados ao suposto esquema de corrupção envolvendo membros do Executivo e Legislativo do Distrito Federal, conhecido como mensalão do DEM, o que ele nega.CasoEm março do ano passado, o Conselho Nacional do Ministério Público recebeu pedido para abertura de sindicância com o objetivo de investigar integrantes do MP e, em junho do mesmo ano, decidiu abrir processo administrativo contra Deborah Guerner e o então procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra.

Em novembro do ano passado, o Ministério Público Federal denunciou os promotores por crimes de violação de sigilo funcional, concussão (exigir dinheiro ou vantagem em razão da função que ocupa) e formação de quadrilha. Bandarra e Guerner negam envolvimento com irregularidades.

Apesar disso, diante de novas de suspeitas sobre suposta extorsão, Bandarra e Guerner foram afastados das funções no MP, em dezembro de 2010. Bandarra foi procurador-geral até junho de 2010 e a promotora Deborah Guerner era sua auxiliar.

Segundo dados da investigação da Polícia Federal, teria sido Deborah a responsável por estabelecer as negociações de cobrança de propina com Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo de Arruda.

O mensalão do DEM de Brasília foi descoberto depois que a PF deflagrou, em novembro de 2009, a operação Caixa de Pandora, para investigar o envolvimento de deputados distritais, integrantes do governo do DF, além do então governador Arruda e de seu vice, Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM). Octávio e Arruda sempre negaram envolvimento com o suposto esquema de propina.

Arruda chegou a ser preso, deixou o DEM para não ser expulso e foi cassado pela Justiça Eleitoral. Paulo Octávio renunciou ao cargo para defender-se das acusações. Durante meses, o DF esteve ameaçado de intervenção federal, devido ao suposto envolvimento de deputados distritais, integrantes do Ministério Público e do Executivo com o esquema denunciado por Durval Barbosa.

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