Os advogados de defesa da vereadora suspeita de ter forjado o próprio sequestro em Ponta Grossa deixaram o caso no último sábado (5). Os advogados não detalharam os motivos do rompimento com Ana Maria Branco de Holleben (PT) , apenas alegaram questões contratuais.
O caso da vereadora passou das mãos dos advogados Pablo Milanese e Jorge Sebastião Filho para os cuidados de Cláudio Luiz Furtado Corrêa Francisco e Fernando Madureira, sócios num escritório de advocacia da cidade. "Foi uma transição tranquila e natural. O Cláudio é amigo da nossa família há muitos anos", afirma Alan Von Holleben, irmão de Ana Maria.Madureira afirma que a defesa pretende ingressar, ainda nesta segunda-feira(7) com um pedido de reconsideração da prisão de Ana Maria junto à Justiça de Ponta Grossa.
Ana Maria permanece presa no quartel do Corpo de Bombeiros, no bairro Nova Rússia. Ela foi encaminhada para o local na última sexta-feira (4), depois que teve decretada prisão preventiva. Até então ela permanecia na Delegacia de Ponta Grossa devido a um pedido de prisão temporária com prazo de validade de cinco dias.
Câmara e nota oficial do PT
O presidente da Câmara Municipal de Ponta Grossa, Aliel Machado (PCdoB), afirma que os vereadores vão se reunir numa sessão, ainda sem data definida, para instalar uma Corregedoria que vai analisar o caso de Ana Maria.
O Diretório Municipal do PT também se manifestou na tarde desta sexta-feira, por meio de nota, informando que o caso da vereadora será avaliado pela Comissão de Ética e Disciplina do partido na cidade. Ela também ficará afastada da função de dirigente do PT municipal. Idalécio Valverde da Silva e sua mulher Suzicleia Valverde da Silva, que são apontados como cúmplices do falso sequestro e também são filiados ao PT de Ponta Grossa, também terão seus casos analisados pela Comissão de Ética e Disciplina do diretório municipal.
"Tanto a Ana quanto o Idalécio e a esposa sempre tiveram uma conduta exemplar no partido. Não se pode execrar uma pessoa sem levar em conta a história de vida que ela tem", disse o deputado estadual Péricles de Holleben Mello (PT), que é primo da vereadora.
Relembre o caso
A vereadora ficou desaparecida durante 24 horas, quando seu assessor Idalécio Valverde contou à polícia que ela havia sido raptada por quatro pessoas. Na manhã da quinta-feira, porém, Idalécio, mais o irmão Adalto Valverde da Silva e a esposa Suzicleia foram presos e, segundo policiais, contaram a farsa. A vereadora teve a prisão pedida e foi encontrada no Hospital Regional sob efeito de sedativos, de onde saiu para a delegacia, na tarde de quinta-feira. Na sexta, teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhada ao quartel do Corpo de Bombeiros.



