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Aécio Neves participou de uma reunião de filiação do PSDB em Goiânia. | George Gianni/ PSDB
Aécio Neves participou de uma reunião de filiação do PSDB em Goiânia.| Foto: George Gianni/ PSDB

Enquanto a presidente Dilma Rousseff articula a recomposição com a ala peemedebista do até então rebelde presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), participa nesta quinta-feira (24) de uma maratona de filiações de lideranças de vários partidos ao PSDB em Goiás e Paraná, no movimento para fortalecer a legenda para as eleições do ano que vem.

Em Goiânia, Aécio criticou a barganha de ministérios por votos contra o impeachment e a declaração do ex-presidente Lula de que é melhor perder ministérios do que perder o governo. O presidenciável tucano disse que, ao aderir de vez “ao balcão”, Dilma perde a dignidade que lhe resta para permanecer “mais uma semana no governo”.

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“Ao entregar ministérios ao PMDB, ao invés de fazer a reforma administrativa para enxugar a máquina e fazer o ajuste fiscal, a presidente Dilma segue a lógica única de tentar se segurar no cargo por mais uma semana. Isso é um retrocesso que o Brasil não merece. Mas de nada adianta. A realidade é que seu governo se fragiliza a cada dia que passa. A cada segunda-feira a presidente Dilma se apresenta ao país com apenas um plano: se sustentar por mais uma semana no poder, sem se preocupar com o povo que vê o Brasil ser tragado para o abismo”, disse Aécio.

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Ele comparou os últimos movimentos de Dilma ao final do governo Collor. “Isso me lembra o finalzinho do governo Collor, quando o ex-presidente, no auge da fragilidade política, acenava do alto da rampa do Planalto com atos de nomeação em ministérios para tentar evitar o impeachment. Nós vimos como terminou aquilo. Não tem saída. Submeter o Ministério da Saúde, que vive uma situação trágica, a esse balcão em troca de votos, é o sintoma mais expressivo de que o governo petista vive seus estertores”, afirmou o tucano.

A reaproximação da ala ligada a Eduardo Cunha de Dilma, por causa de mais espaço no ministério, segundo Aécio, não muda a posição do PSDB em relação a um processo de afastamento da presidente Dilma. Disse que o calendário eleitoral prevê novas eleições em 2018 e o desfecho dessa crise se dará exclusivamente dentro das regras constitucionais. Mas reafirmou que a lei é para ser cumprida por todos e os votos de 2014 não dão um salvo conduto a presidente Dilma.

As dúvidas sobre a antecipação desse calendário, disse Aécio, se dão pela fragilização de seu governo. Em resposta ao ex-presidente Lula, Aécio disse que é melhor preservar a dignidade do que se render ao vale tudo da barganha para continuar no cargo. “ É preferível perder a presidência da República do que perder a dignidade”, disse Aécio.

Em Goiânia, um grande ato foi organizado pelo governador Marconi Perillo, para filiação do vice-governador José Eliton , que se transfere do PP para o PSDB, levando um grupo de vereadores, deputados estaduais e prefeitos de todo estado. No final do dia Aécio irá para Cascavel, no Paraná, onde, junto com o governador Beto Richa (PSDB), comandará outro ato de filiação de lideranças e militantes do estado.

Junto com o vice, que era o presidente do PP, agora presidido pelo ex-democrata senador Wilder Moraes, se filiou ao PSDB o ex-petista vereador Tayrone Di Martino. O ex-petista disse ter filiado com ele outras 250 lideranças de movimentos locais. O PP de Wilder Moraes continua na base do governador Marconi Perillo.

Do lado de fora do pavilhão, no parque de exposições agropecuário, a Churrascaria do Tonhão ofereceu um arroz de carreteiro para duas mil pessoas.

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