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Em Porto Alegre (RS) para participar do lançamento da pré-candidatura ao governo gaúcho de Ana Amélia Lemos (PP), o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), disse ser alvo de "acusações" vindas do "submundo da política".

A declaração foi dada em resposta a uma jornalista que questionou o tucano acerca de acusações de que ele seria usuário de cocaína.

"Você sabe que existe hoje um submundo da política nas redes, em que anonimamente as pessoas fazem quaisquer tipo de acusações sobre seus adversários, esperando que alguém, talvez desavisadamente, possa trazer esse tema para o jornalismo sério", afirmou Aécio.

Segundo o senador, há hoje uma "guerrilha na internet". "Se nós fomos dar atenção à guerrilha na internet, ninguém pode enfrentar os nossos adversários. Eu tenho uma história de vida da qual me orgulho muito, absolutamente digna e honrada, talvez tenha sido isso que tenha me trazido até aqui."

Na sequência, o tucano sugeriu que a acusação seria motivada pelas sucessivas derrotas que ele impõe ao PT em Minas há 15 anos.

"Eu me especializei numa coisa, talvez você [jornalista] não saiba: em derrotar o PT. Todas as vezes, há 15 anos eu ganho do PT no primeiro turno em todas as eleições no meu Estado. E como não tem sobre a minha vida absolutamente nada [na atuação como governador], essas acusações vão ocorrer."

Aécio afirmou que organizou o Estado e é respeitado hoje pela grande maioria da população de Minas, "até pelos adversários".

"Os indicadores do Estado estão aí. Eu fico muito feliz de que, num momento desses, o PT não consegue ir pro debate sério sobre o Brasil. O que nós temos que tomar cuidado é não fazemos, até desavisadamente, o jogo daqueles que querem trazer a campanha para esse submundo. Se depender de mim, só haverá disputa sobre o debate político."

"Ministro militante"

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), rebateu neste sábado (24) as declarações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que classificou como "marketing político" as propostas do tucano para a segurança pública. No lançamento da pré-candidatura ao governo gaúcho de Ana Amélia Lemos (PP), apoiada pelos tucanos, Aécio afirmou que Cardozo agiu como "militante partidário" e que é o governo federal quem faz marketing a respeito do tema. Em entrevista à Folha de S.Paulo publicada na quinta-feira (22), Aécio fez críticas a gestão política da área e disse, entre outras coisas, que alteraria o nome do Ministério da Justiça para acrescentar "Segurança Pública", além de mudar o perfil na relação da pasta com os Estados. Nesta sexta-feira (23), Cardozo afirmou que as ideias do tucano eram pautadas por marketing político para agradar a opinião pública e que a coisa mais concreta que ele havia proposto havia sido mudar o nome da pasta.

"Infelizmente o ministro da Justiça agiu muito mais como militante partidário do que como ministro da Justiça de todos os brasileiros. Apequenou o debate", disse Aécio neste sábado, em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

O tucano afirmou que o governo federal contingenciou em 65% as verbas do Orçamento da União destinadas à segurança pública e que apenas 10,5% do fundo penitenciário foi executado, "numa demonstração clara de que quem faz marketing com segurança [o governo federal], que se apresenta no momento das crises estaduais e aponta o dedo em algo que poderia fazer e jamais fez".

Recentemente, o governo enviou a Força Nacional de Segurança Pública para impedir atos de violência durante as greves da Polícia Militar em Salvador, no final de abril, e do Recife, na semana passada. A tropa também foi enviada ao Maranhão durante crise no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no final do ano passado.

Para Aécio, a gestão petista "não tem autoridade para cobrar quem quer que seja" enquanto usar os recursos da área "para fazer superávit primário [economia para pagar os juros da dívida]".

Ele acusou também o governo federal de ser "complacente" e "irresponsável" diante do que chamou de "nefasta epidemia do crack".

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