
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), determinou o rompimento do contrato de limpeza pública que mantinha com a empreiteira Delta.
Nos bastidores, especula-se que a medida é uma tentativa de mostrar que Agnelo não tem relação com a empreiteira, suspeita de ter como sócio oculto o bicheiro Carlinhos Cachoeira. No inquérito da Polícia Federal sobre o esquema de Cachoeira, há referências de negociação e pagamento de propina a auxiliares de Agnelo. O governador irá depor à CPMI do Cachoeira na próxima quarta-feira.
O serviço de limpeza pública de Brasília vinha sendo cumprido com base em uma liminar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal desde dezembro de 2010. A decisão é de quarta-feira e a Delta tem prazo de dez dias para recorrer.
A empresa venceu a licitação aberta em 2007 e assumiu dois contratos um de R$ 7 milhões e outro de R$ 3 milhões. A Delta começou a prestar os serviços em 2010, mas os documentos apresentados continham erros, e a construtora foi inabilitada. Por liminar, a empresa seguia executando o contrato, mas o documento foi cassado no mês passado pela Justiça.
As empresas Sustentare e Valor Ambiental, que perderam a licitação, vão assumir o serviço de coleta, transporte e tratamento de resíduos no lugar da Delta.



