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O escritor paranaense Yves Hublet, que na terça-feira agrediu o deputado José Dirceu (PT-SP) com uma bengala, disse em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira que não gostaria que seu gesto fosse seguido por outras pessoas, mas espera que sirva de aviso para que os políticos saibam que o povo não é tão passivo como se pensa. O escritor voltou a dizer que foi um gesto espontâneo e que não arquitetou a agressão ao deputado.

- Foi um gesto espontâneo. Não foi pensado. Não sou espírita, mas acho que baixou um Dom Quixote em mim. Eu não vou dizer que gostaria que servisse de exemplo e até desaconselho isso, mas não vou negar que é bom para que percebam que o povão não é tão inocente assim. Não aconselho a bater, mas acho bom os políticos botarem as barbas de molho - afirmou.

O escritor disse que já foi filiado ao PSB e ao PDT. Afirmou ter votado em Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e disse que já teve simpatia por Dirceu, mas ficou indignado com os escândalos que abalaram o governo e o que chamou de manobras protelatórias do petista. Hublet disse que muitas pessoas estão indignadas com o escândalo e contou que chegou a ser cumprimentado na rua depois do gesto. O escritor disse que Dirceu, Lula e o ex-ministro Luiz Gushiken merecem umas bengaladas e defendeu o impeachment do presidente.

- No século XIX, as pessoas usavam bonés e bengalas e muitas vezes as bengalas eram usadas para bater em bandidos e malfeitores. José Dirceu é um procrastinador - protestou.

Sobre o desafio do aposentado Hindemburgo Almeida Flores para um duelo de bengalas, Yves disse que aceita o duelo, mas de palavras.

- Olha que interessante! Podemos até estudar isso, mas que seja verbal - disse o escritor, que estava acompanhado da mulher.

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