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O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) deve se reunir na noite desta segunda-feira (2) com a cúpula do partido para esclarecer as denúncias de ligação com o contraventor Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro. O advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro, entrou em contato com o senador e presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), informando que Demóstenes está "pronto" para dar explicações.

Maia afirmou que a reunião será para que o partido tome uma decisão definitiva ainda nesta segunda. Devem participar da reunião, além de Demóstenes, seu advogado e de Agripino Maia, o deputado ACM Neto (DEM-BA) e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). A reunião feita a pedido de Demóstenes ainda não tem hora e lugar definidos, pois eles aguardam a chegada de ACM Neto a Brasília, o que deve ocorrer apenas após as 18 horas.

No fim de semana, ACM Neto elevou o tom e disse que a situação do ex-líder do partido está cada vez mais difícil. E defendeu a abertura do processo de expulsão, caso Demóstenes não apresente uma defesa consistente. A pressão dentro do DEM é para que Demóstenes se desligue do partido ou peça uma licença vem da Câmara dos Deputados. A intenção é resolver o caso com urgência, para evitar maior desgaste.

Em caso de desfiliação, por iniciativa ou por expulsão, o DEM ficaria com um senador a menos. O partido tem cinco senadores. Já em caso renúncia de Demóstenes ao seu mandato, assumirá a vaga um de seus suplentes. O primeiro suplente é o atual secretário de Infraestrutura do governo de Goiás, o empresário Wilder Pedro de Morais.

Psol

A Frente Parlamentar de Combate à Corrupção e o Psol vai se reunir na terça-feira (3) com o presidente da Câmara, Marco Maia, para tratar do caso. O presidente nacional do PSOL, Ivan Valente (SP), e líder do partido na Câmara, Chico Alencar (RJ), querem que a Corregedoria da Câmara convoque imediatamente os deputados citados em investigações da Polícia Federal para dar explicações.

O partido também estuda entrar com representação no Conselho de Ética da Casa. "Ao contrário do Senado, que tarda em constituir os seus próprios órgãos de correição, a Câmara dos Deputados tem que dar exemplo de pronto combate ao corporativismo e de respeito à sociedade brasileira, chocada com essa 'cachoeira de escândalos' cada vez mais caudalosa", diz Alencar.

Na semana passada, a Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a abertura de três investigações sobre o envolvimento de parlamentares com Carlinhos Cachoeira. O primeiro inquérito para investigar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), contra quem o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, considera haver mais indícios de crime do que outros dois parlamentares envolvidos com o contraventor: Carlos Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO). Uma terceira frente investiga integrantes do grupo do contraventor em Goiás que não têm foro privilegiado. A Frente Parlamentar, coordenada por Francisco Praciano (PT-AM), quer que o presidente da Câmara solicite à PGR a relação completa dos parlamentares alvo de denúncias e os indí

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