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“Não estamos brigando com ninguém nem pedindo nada. Ao contrário, a tese é a de entregar tudo. Se é para o PMDB ficar com a gorjeta, é melhor deixá-la para o garçom.” Eduardo Cunha, deputado federal (PMDB-RJ) | Marcello Casal Jr./ABr
“Não estamos brigando com ninguém nem pedindo nada. Ao contrário, a tese é a de entregar tudo. Se é para o PMDB ficar com a gorjeta, é melhor deixá-la para o garçom.” Eduardo Cunha, deputado federal (PMDB-RJ)| Foto: Marcello Casal Jr./ABr

Depois do G8 do PMDB do Senado – o grupo de senadores independentes que contestou a liderança de Renan Calheiros (AL) e a relação com o governo – surge agora o G8 da Câmara dos deputados, pregando que o partido devolva todos os cargos que ocupa à presidente Dilma Rousseff. Liderados pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sete peemedebistas do Rio assinaram ontem um manifesto em que reafirmam o apoio ao líder da bancada, Henrique Eduardo Alves (RN), e à presidente Dilma, mas "expressam o seu descontentamento com a participação do partido no governo". O grupo ainda fez a ameaça velada de assinar a CPI da Corrupção para investigar suspeitas de irregularidades no governo Dilma.

"Não estamos brigando com ninguém nem pedindo nada. Ao contrário, a tese é a de entregar tudo. Se é para o PMDB ficar com a gorjeta, é melhor deixá-la para o garçom", diz Cunha, ao destacar que o movimento é político. Segundo ele, o manifesto reúne apenas a bancada fluminense do partido, mas poderia ser maior porque o descontentamento com a participação do partido no governo é mais amplo.

O primeiro dos seis itens do manifesto do grupo é precisamente o que apoia Alves e reafirma o "engajamento" na candidatura dele à presidência da Câmara Federal em 2013, dentro do acordo de revezamento no posto com o PT do atual presidente Marco Maia (RS). Em seguida, vem o apoio ao governo da presidente Dilma e a observação de que "o melhor seria estarmos fora da ocupação de cargos públicos, já que o tamanho do partido não está representado adequadamente".

No quarto ponto, o grupo manifesta o "desconforto com as denúncias envolvendo quadros do partido, em situações onde os fatos de­­nunciados são anteriores à gestão co­­mandada pelo PMDB, mas vêm provocando desgaste em todos nós". O texto também destaca que "o apoio ao governo não significa deixar de apurar e investigar qualquer denúncia existente, seja por instrumento tradicional ou por CPI, se for do entendimento de cada parlamentar".

Os deputados do PMDB do Rio também dizem que gostariam de discutir "temas relevantes para a sociedade, tais como a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que implicará a perda da possibilidade de aumento dos gastos com saúde e educação que deveriam, na nossa ótica, ser prioridade em nosso partido".

Além de Cunha, integram a lista de signatários do manifesto os deputados Adrian Musse, Ale­­­xandre Santos, Edson Eze­­quiel, Fernando Jordão, Nelson Bornier, Solange Almeida e Washington Reis.

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