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Depois da afirmação do presidente do PSDB no Paraná, deputado Valdir Rossoni, de que Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB) caminhariam juntos nas eleições de outubro, ontem foi a vez do PMDB dar sinais de uma aproximação com o senador pedetista.

Uma ala do partido, descontente com a pré-candidatura do governador Orlando Pessuti, teria proposto a Osmar uma aliança oferecendo o nome do deputado estadual Stephanes Júnior como vice na chapa ao governo estadual. Nos bastidores, comenta-se que o peemedebista poderia atrair votos a na região de Curitiba – onde Osmar historicamente não tem bom desempenho eleitoral – e fazer frente ao tucano Beto Richa, já que ambos são jovens e têm perfil semelhante.

Stephanes Júnior foi cauteloso ao comentar o assunto: "Acho muito difícil essa composição porque depende da decisão pessoal do [governador Orlando] Pessuti [que é pré-candidato ao governo]. Mas eu aceitaria [ser vice do Osmar]."

O desejo de parte do PMDB, incluindo o ex-governador Roberto Requião, é atrair também o PT para essa aliança. Para tanto, os petistas seriam obrigados a esquecer as últimas declarações de Stephanes Júnior. Re­­centemente, ele afirmou que o PT "é coisa do diabo" e que "adoraria tê-los como escada na [na eleição] proporcional para pisar em cima deles".

Outros nomes dentro do PMDB têm sido comentados para a posição de vice de Osmar, entre eles o do deputado federal Marcelo Almeida. A preocupação dos deputados estaduais do PMDB é com o "poder de fogo" de uma chapa encabeçada por Pessuti. Há um entendimento de que ele não ajudaria a repetir o desempenho da eleição de 2006, quando o PMDB elegeu, devido à "onda Requião" uma grande bancada – que tem hoje 17 deputados.

Também existe o temor de que as denúncias de irregularidades mostradas na série "Diários Secretos" complique a reeleição de parlamentares que estão na Casa. "Por tudo isso tem gente que fez 100 mil votos na eleição passada e que agora ficaria feliz se conseguisse metade disso", afirma uma liderança peemedebista.

No meio de tantas incertezas, o PMDB ainda busca o palanque ideal. "O fato é que eles estão divididos. Uma parte quer o Pessuti, outra quer o Osmar e há quem queria ir de Beto", diz o presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi.Segundo ele, o PDT não fechou acordo com nenhuma legenda até agora. "Existem propostas, mas o Osmar não bateu o martelo", diz. Segundo o presidente do PSDB, Valdir Rossoni, o mistério que envolve Osmar terá fim hoje, com o anúncio da candidatura do pedetista à reeleição ao Senado.

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