O advogado Alberto Toron oficializou no sábado (4) a decisão de deixar a defesa de Ricardo Pessoa, dono da UTC e apontado como o líder do “clube das empreiteiras” investigadas na Operação Lava Jato.
“Renunciei por entender que o caso está ganhando uma feição eleitoral. Como sou juiz do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), vi certa incompatibilidade em exercer as duas funções”, disse à reportagem.
Toron enfatizou que todo trabalho que poderia fazer para Pessoa já foi realizado. “Fiz as defesas dele e o habeas corpus que culminou na sua soltura”. Pessoa está em prisão domiciliar.
O criminalista acompanha o empreiteiro desde o início de seu envolvimento na investigação, em 2014, mas nunca conduziu as negociações do acordo de delação premiada, homologado há quase duas semanas pelo ministro Teori Zavascki. No entanto, afirmou concordar com a decisão do cliente em fazê-lo. “É uma opção de defesa”.
Segundo Toron, ele e o empreiteiro conversaram na sexta (3) sobre sua saída do caso e não houve resistência por parte do cliente. “Temos um bom relacionamento, continuamos amigos”.
Ricardo Pessoa entregou anotações, agendas e planilhas para a Justiça detalhando repasses a políticos e a campanhas eleitorais, incluindo a do ex-presidente Lula de 2006 e da presidente Dilma Rousseff de 2014.
-
Novela judicial da abertura de cursos de Medicina ganha capítulo final no STF
-
Israel confirma morte de brasileiro que era mantido refém por terroristas em Gaza
-
Estratégias eleitorais: o que está em jogo em uma eventual filiação de Tarcísio ao PL
-
Petrobras aprova indicação de Magda Chambriard para presidência
Deixe sua opinião