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Taniguchi alega que não tem perfil para trabalhar no Legislativo | Gabriel Jabur
Taniguchi alega que não tem perfil para trabalhar no Legislativo| Foto: Gabriel Jabur

Assembleia

7 dos 54 deputados não vão disputar a reeleição

Dos 54 deputados estaduais paranaenses, apenas sete não disputarão a reeleição neste ano. Três deles tentarão ir a Brasília, disputando uma cadeira na Câmara dos Deputados. São eles Luiz Nishimori (PSDB), Cida Borghetti (PP) e Rosane Ferreira (PV). Cida Borgheti tentará ficar com a vaga que até este ano pertence a seu marido, Ricardo Barros (PP). Ele, por sua vez, tenta uma vaga no Senado.

Dentre os que saem da Assembleia sem disputar nenhum cargo está Jocelito Canto (PTB), que já havia anunciado antecipadamente sua aposentadoria da vida pública. O deputado tem processos na Justiça com condenação em segunda instância, o que poderia lhe criar problemas em função da Lei da Ficha Limpa.

Antônio Anibelli (PMDB), atual primeiro vice-presidente da Assembleia, também não vai concorrer. Ele terá como candidato, no seu lugar, seu filho, Antônio Anibelli Neto (PMDB) (veja reportagem nesta página).

Os outros deputados estaduais que não disputarão a reeleição são Pedro Ivo Ilkiv (PT) e Dobrandino da Silva (PMDB). No caso de Dobrandino, quem o substitui na campanha é seu filho, o ex-prefeito de Foz do Iguaçu Sâmis da Silva (PMDB). (RWG)

  • Alceni Guerra: vai trabalhar em ações contra o consumo de crack

Só dois entre os 30 deputados federais do Paraná não tentarão a reeleição em outubro. Alceni Guerra e Cassio Taniguchi, ambos do DEM, têm justificativas diferentes para o fim da carreira parlamentar. O primeiro se dedicará às ações de combate ao crack e ao projeto de ser substituído pelo filho, Pedro Guerra, enquanto o outro afirma que não tem o perfil para trabalhar no Poder Legislativo.Taniguchi explica que a decisão não está ligada ao fato de ter participado do governo de José Roberto Arruda (DEM) no Distrito Federal, nem à condenação que sofreu no Supremo Tribunal Federal (STF), em maio. Os ministros consideraram o parlamentar culpado por crimes de responsabilidade cometidos em 1997, quando era prefeito de Curitiba.

Apesar da sentença, ele não foi submetido a qualquer punição porque a pena de três meses de prisão prescreveu em 2004. Graças à prescrição, ele também não foi atingido pelos efeitos da Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos condenados por um colegiado de juízes (como o STF).

"São situações que não me afetaram em absolutamente nada. Aqui em Brasília não houve qualquer coisa que venha a denegrir a minha imagem", justifica. Logo de­­pois de assumir o mandato na Câmara dos Deputados, em fevereiro de 2007, ele se licenciou para assumir o cargo de secretário distrital de Desen­­­volvimento Urbano.

Taniguchi deixou o governo em dezembro de 2009, por pressão do DEM, mas nunca foi citado nas investigações sobre o mensalão de Brasília. "Faz tempo que eu venho ponderando sobre não concorrer à reeleição. Meu perfil é muito mais ligado ao Executivo. Gosto de fazer coisas que cheguem a um resultado prático."

Sobre o futuro, conta que fará parte do conselho político da campanha para governador de Beto Richa (PSDB). O tucano foi vice-prefeito de Taniguchi entre 2001 e 2004. Eles brigaram antes da eleição municipal de 2004 e o DEM (então PFL) acabou lançando Osmar Bertoldi (DEM) contra Beto, que venceu a disputa no segundo turno contra Ângelo Vanhoni (PT).

Já Alceni afirma que deixa a Câmara para dedicar-se às ações na área de saúde. "Temos 1 milhão de viciados em crack no Brasil, a maior epidemia enfrentada pelo país. Eu, que fui o ministro da Saúde que começou o tratamento público da aids, não poderia me omitir nesta hora."

Aos 65 anos, o médico Alceni pretende deixar a herança eleitoral para o filho, Pedro, 29 anos, que é economista. "Quando al­­­guém tem que passar o bastão para outro, tem de passar em boas condições. É o começo de campanha em que eu estou mais bem posicionado nas pesquisas e acho que posso contribuir para a eleição do Pedro para deputado federal."

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