Em um corpo a corpo em São Caetano do Sul ao lado do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, o candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, criticou neste sábado a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que é mais fácil governar para os pobres. Em seu raciocínio, Alckmin acredita que, em vez de pensar dessa maneira, Lula precisaria ter acabado com a pobreza no país.
- O presidente deveria parar de se queixar e trabalhar. Depois, é preciso governar para diminuir a pobreza, isso é o que todo mundo quer, acabar com as desigualdades regionais, trazer felicidade sobre o ponto de vista social e econômico - disse Alckmin, em São Caetano do Sul, após caminhar por ruas da região comercial da cidade.
Alckmin ainda criticou a ida de Lula ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na última quinta-feira, em evento marcado pela troca de gentilezas entre o presidente e o governador Claudio Lembo (PFL).
- Isso não passou de uma jogadinha política. O Lula vem aqui no último dia e ainda ia inaugurar uma obra que não tem um centavo do governo federal, além de dizer na propaganda eleitoral que colocou um dinheiro que nunca saiu do papel na obra do rodoanel - disse o tucano, que deverá estar ao lado de Serra em eventos no estado.
Alegando que em corpo a corpo "a gente abraça, conversa e aprende" com as pessoas, José Serra disse que não vê problemas na restrições impostas pelo TSE, como proibição de showmícios ao longo da campanha.
- Não faz parte do meu jogo. Para mim, quanto mais econômica a campanha, melhor - disse ele.
Enquanto Serra arriscou que o Brasil ganharia da França por um gol de diferença, Alckmin arriscou o seguinte palpite: 2 a 1 para a seleção brasileira. Alckmin assistiria ao jogo numa Associação de Sem Terra, enquanto o candidato a governador disse que preferiria ver sem a presença dos jornalistas.
- Com vocês a gente não consegue torcer a vontade - brincou Serra.
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