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O chuchu virou símbolo da 'pré-campanha' do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O governador, que foi assistir ao desfile das escolas de samba na Marques de Sapucaí, causou tumulto na chegada ao camarote do governo do Rio. A confusão foi tão grande que a esposa do governador de São Paulo, Lu Alckmin, acabou ficando por alguns minutos de fora da sala onde o marido se reuniu com o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB). Lu acabou sendo "resgatada" por assessores do Palácio Guanabara.

Apesar de negar que esteja em campanha, Alckmin se comportou como candidato, tirou fotos e acenou para pessoas que estavam nas frisas. No fim do desfile do Salgueiro, acabou tomando uma dose do conhaque Cravo Escarlate. A bebida, preparada pela família de Candonga, tradicional figura do samba já falecida, é distribuída a mais de vinte anos entre o público e os sambistas durante o desfile na Sapucaí. Alckmin provou a bebida incentivado pelo deputado federal Rodrigo Maia, que tomou primeiro uma dose do conhaque.

Alckmin e Garotinho, ambos pré-candidatos à presidência, se reuniram em uma sala reservada no camarote do governo do estado, em um encontro fechado à imprensa. O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), que participou da reunião, afirmou que o ambiente é propício para encontros.

- O Sambódromo é um espaço natural para este tipo de encontro, principalmente em um ano eleitoral. Hoje aqui é festa, mas sempre há espaço para conversa - disse.

Garotinho chamou Alckmin para tirar fotos ao seu lado e de Rosinha. Bem-humorado, Garotinho brincou com Alckmin ao apresentá-lo a políticos do PMDB do Rio.

- Vamos juntar todo mundo, vamos juntar todo o mundo do PMDB, porque quem sabe... - ironizou.

Também participaram da reunião a governadora do Rio, Rosinha Garotinho, e o vice-governador do Espírito Santo, Lelo Coimbra, ambos do PMDB. O governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato do PMDB à presidência, Germano Rigotto, também era esperado no encontro, mas não compareceu

Garotinho comparou as disputas internas que ele enfrenta no PMDB com a situação do governador de São Paulo para conseguir a indicação de candidatos à presidência da República em sucessão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Garotinho, a situação do partido é muito mais difícil do que a de Alckmin e dos tucanos. Garotinho reconheceu ainda que prefere que o candidato dos tucanos seja Alckmin e não o prefeito de São Paulo, José Serra.

- Torço para que Alckmin seja o indicado pelo PSDB. Eu tenho com ele mais afinidade e simpatia do que com outro candidato.

Antes, ainda no camarote da Prefeitura do Rio, numa conversa também reservada, acabou comentando com outros políticos sobre a indefinição da candidatura do PSDB à presidência. A revelação foi feita pelo senador Albano Franco (PFL-SE). Segundo ele, o comentário girou em torno da importância de uma escolha imediata de quem será o candidato dos tucanos a presidência.

Ao deixar o sambódromo, Alckmin afirmou que nesta segunda-feira o descanso será no que chamou de "roça", um imóvel da família em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba.

Alckmin deixou o Sambódromo logo após assistir a quase todo o desfile da Caprichosos de Pilares, acompanhado do vice-prefeito Otávio Leite (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Maia (PFL). Rodrigo Maia afirmou que, independentemente de ele ser candidato, o PFL vai trabalhar pela candidatura aliada, e que a preferência do prefeito César Maia pelo prefeito e pré-candidato José Serra se deve aos 40 anos de amizade entre os dois.

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