O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, demitiu nesta terça-feira duas funcionárias que ganhavam e não trabalhavam na Casa. Bernardete Vidal Firmino dos Santos, contratada em 2001, ganhava R$ 2,1 mil para trabalhar na campanha do ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, em Pernambuco. Severino, do PP, renunciou ao mandato de deputado para não enfrentar processo de cassação, depois de ser acusado de receber propina para renovar o contrato de uma rede de restaurantes na Câmara.
A outra funcionária, Maria Eduardo Gordilho, era lotada na segunda-vice-presidência, mas também não trabalhava lá. Ela é filha do ex-deputado Leur Lomanto e ganhava R$ 3,9 mil. Na semana passada, foi demitida uma filha do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE).
Aldo Rebelo prepara um levantamento de todos os ocupantes de cargos de natureza especial (CNEs), quanto ganham e onde estão lotados. Mais cedo, ele anunciou que vai pedir urgência na elaboração desse banco de dados na próxima reunião da Mesa Diretora. Aldo disse que está elaborando um projeto de resolução com normas mais rigorosas para o preenchimento desses cargos comissionados, criados para assessorar órgãos técnicos da Casa.
Depois de denúncias de ocupação indevida dos cargos comissionados, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, pediu a Aldo a relação de todos os ocupantes dos CNEs.
-
Marco Civil da Internet chega aos 10 anos sob ataque dos Três Poderes
-
STF julga ações que tentam derrubar poder de investigação do Ministério Público
-
O difícil papel da oposição no teatro eleitoral da Venezuela
-
Ratinho e Bolsonaro superam “efeito Kassab” para aliança PSD-PL em Curitiba e mais sete cidades
Deixe sua opinião