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Em entrevista na tarde desta quarta-feira, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, disse que a redução do recesso parlamentar de 90 para 55 dias foi um avanço importante que fortalece o Poder Legislativo, mas frisou que não se pode comparar o recesso às férias dos demais trabalhadores assalariados.

- O recesso não é férias, o recesso é para o parlamentar que tem sua atividade em Brasília ter tempo para ter contato com os seus eleitores. O deputado de um estado, seja de São Paulo, Rio Grande do Sul, Roraima, tem a sua vida política em Brasília e no estado. Não se pode cobrar de um eleitor, que é um cidadão e que queira ter contato com o deputado que ele representa, venha a Brasília para ter esse contato. O recesso não tem correlação de força com as férias, que fazem parte de outro tipo de estatuto - afirmou.

Indagado se manter 55 dias de recesso não seria um exagero, Aldo Rebelo disse que a redução faz com que o Brasil se torne o país com o menor recesso do mundo entre as democracias mais antigas. Ele disse que é preciso equilíbrio e que não se pode tirar dos parlamentares um período destinado a manter contato com suas bases.

- Nesse aspecto é exemplar. Nós temos que ter uma posição de equilíbrio. Se a democracia nos Estados Unidos, França, Inglaterra, Argentina funcionam com recessos maiores do que os nossos é porque essa experiência foi consagrada pela vida. Nós não podemos retirar, nem do deputado, nem dos eleitores, um período para o qual eles possam ter um contato político. Muitos precisam do tempo para prestar contas de seu mandato e receber a avaliação de seus eleitores, para que depois não se diga que são deputados copa do mundo, que só aparecem de quatro em quatro anos. O eleitor se comporta como na eleição, desclassificando para as finais.

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