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Horas depois de o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ter decidido ir ``até o fim'' por sua reeleição, mesmo disputando contra o petista Arlindo Chinaglia (SP), o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirmou que os dois candidatos da base governista vão fechar um acordo em janeiro.

``O presidente Lula não vai pedir a nenhum dos deputados que abra mão de suas legítimas candidaturas, mas sabe que ambos têm responsabilidade, e os partidos também, e que vão chegar a um acordo nos próximos 15 ou 20 dias'', disse Genro a jornalistas no Palácio do Planalto.

Durante almoço nesta quinta-feira, Aldo Rebelo recebeu o apoio do PFL e de representantes do PSB, PMDB, PTB e PCdoB. Segundo o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), Aldo traçou um plano para ter apoio da oposição e dos governadores e ``impedir que o PT ganhe ainda mais poder''.

``É natural que a oposição faça um movimento para tentar estabelecer uma contradição no seio do governo, mas não vai conseguir'', disse Genro sobre a aliança do PFL com Aldo Rebelo.

Para o ministro, a aliança de Rebelo com o PFL não condena ao isolamento a candidatura de Chinaglia, que ainda não recebeu apoios fora da base governista.

``O que os grandes partidos da coalizão, PMDB, PP e PL, têm afirmado é que desejam uma candidatura única da base'', disse Genro, insistindo em que Rebelo e Chinaglia preenchem os requisitos para receber este apoio. Genro também defendeu o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, acusado pelo PFL de promover ``uma intervenção indevida'' na sucessão da Câmara. Em carta ao presidente do PMDB, Michel Temer, o petista Garcia propôs um acordo para dar a presidência a Chinaglia em fevereiro e a um pemedebista em 2009. Maia havia afirmado que, por não ter cargo eletivo, Garcia ``não entende nada de política e não tem sensibilidade para um assunto dessa importância''.

``É uma visão equivocada sobre o papel de um presidente de partido'', disse Genro. ``Marco Aurélio Garcia atuou com toda legitimidade, mas talvez o PFL pense diferente, agora que não tem mais seu presidente Jorge Bornhausen'', ironizou.

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