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Na manhã desta quinta-feira (1º), Dilma se reuniu com Temer e afirmou que não estava satisfeita com o nome de Pansera para Ciência e Tecnologia. | /
Na manhã desta quinta-feira (1º), Dilma se reuniu com Temer e afirmou que não estava satisfeita com o nome de Pansera para Ciência e Tecnologia.| Foto: /

A presidente Dilma Rousseff cedeu mais uma vez ao PMDB e aceitou o nome do deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) para o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Deputado Marcelo Castro, do PMDB, será o novo ministro da Saúde

O deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) será o novo ministro da Saúde, em substituição a Arthur Chioro, ligado ao PT. Ele teve seu nome levado à presidente Dilma Rousseff pelo líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e é ligado ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ).

Ao longo da negociação da reforma, Picciani vem se apresentando como um interlocutor independente de Cunha, de quem já foi apadrinhado.

Com a piora da condição política do presidente da Câmara, devido ao acúmulo de denúncias que o relacionam a desvios apurados pela Operação Lava Jato, Picciani tem sido tratado como autônomo pelo Planalto –o governo tem se mostrado interessado em isolar Cunha, que comanda o rito na Câmara em caso de um eventual processo de impeachment contra Dilma.

Mas, no caso das indicações, Cunha e Picciani jogaram afinados. O objetivo final do Planalto é o mesmo: conter, com o apoio da bancada do PMDB, o avanço do processo de impedimento de Dilma e, se possível, dar seguimento às votações mais difíceis do ajuste fiscal proposto pelo governo.

A indicação foi do líder do partido da Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que também apontou o deputado Marcelo Castro (RJ) para a Saúde e aumentou o naco do PMDB na Esplanada. O partido do vice-presidente Michel Temer passou de seis para sete pastas no governo.

Na manhã desta quinta-feira (1º), Dilma se reuniu com Temer e afirmou que não estava satisfeita com o nome de Pansera para Ciência e Tecnologia. A presidente queria alguém de “mais peso político” para ajudar nas votações no Congresso, principalmente na aprovação do ajuste fiscal e na tentativa de evitar a abertura de um processo de impeachment contra seu mandato.

Temer, por sua vez, afirmou que não indicaria novos nomes e que a presidente teria que acertar o tema com Picciani.

Dilma ofereceu a pasta para os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do PMDB. Os dois, no entanto, recusaram o convite e vão permanecer onde estão.

Sem alternativas, a presidente recebeu Picciani no início da noite desta quinta, acompanhado por Pansera e Castro, para acertar as indicações.

Após a reunião com o vice, Dilma seguiu para o Palácio da Alvorada, onde almoçou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula foi quem mais pressionou a presidente para fazer uma reforma ministerial com lastro político, trocando o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, por Jaques Wagner (Defesa), e dando mais espaço ao PMDB.

Além de Castro e Pansera, Dilma já havia definido os ministros peemedebistas: Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Portos) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).

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