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Osmar Dias ou Gustavo Fruet. Não se sabe ainda quem será o candidato a governador da oposição nas eleições de outubro, mas uma coisa é certa: qualquer um deles vai receber de presente um pacote pronto com pelo menos três partidos – PSDB, PFL e PP – dispostos a carregar a campanha. Preocupado com a demora na definição do nome, o grupo decidiu antecipar o processo e se reúne nesta semana para marcar a data de uma convenção conjunta para oficializar a aliança.

Para tentar impedir que o governador Roberto Requião (PMDB) seja reeleito por mais quatro anos, os três partidos – que também devem se somar ao PDT e PSB – conseguiram unir as forças políticas da oposição em cima de um projeto próprio, mesmo sem a certeza do nome do candidato. As costuras na coligação proporcional estão adiantadas e já está sendo montada uma chapa dos pré-candidatos a deputado estadual e federal. Só vai ficar pendente o nome de quem irá enfrentar o governador.

Quem luta para atrair apoios reconhece que a oferta não é pequena. Enquanto outros pré-candidatos ao governo, como Rubens Bueno (PPS) e Flávio Arns (PT), estão empenhados em puxar partidos e ganhar mais estrutura e tempo de televisão, o senador Osmar Dias (PDT) ou o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) serão agraciados com uma situação bem mais confortável. "Temos pontos que já conseguimos contornar, com uma aliança entre PFL, PP e PSDB na proporcional, o que nos dá conforto porque sabemos que estaremos juntos na campanha. Temos ainda a possibilidade de aliança com o PDT", afirmou o presidente estadual do PFL, Abelardo Lupion.

Caso Osmar Dias decida não concorrer, a participação dele como cabo eleitoral numa eventual candidatura de Gustavo Fruet é considerada indispensável. "Estamos oferecendo todas as condições para o Osmar ser candidato, mas se não for possível, ele assumiu o compromisso de nos ajudar", disse Valdir Rossoni, presidente do PSDB no Paraná.

Antes da recuperação da cirurgia de flebite do senador, realizada na última quarta-feira, os partidos não pretendem definir nomes. "Como ele garantiu estar concosco na decisão de candidatura, não vamos tomar nenhuma decisão antes de dez dias, quando o Osmar se recuperar", explicou Lupion.

Embora ainda não seja possível anunciar um nome, a garantia de lançar alguém já deixou o grupo aliviado. "Temos a possibilidade do Gustavo Fruet, mas ainda vamos aguardar para ver se o Osmar tem condições de saúde", disse o presidente estadual do PP, Dilceu Sperafico. "Estou feliz da vida porque o fundamental está resolvido, teremos candidato", endossou o deputado federal Afonso Camargo (PSDB), o mais votado do Paraná nas últimas eleições.

As lideranças do PDT aguardam os próximos passos de Osmar Dias para se posicionar. O presidente estadual do partido, Augustinho Zucchi, acompanha a movimentação dos aliados, mas disse que não será analisada nenhuma possibilidade antes da tomada de posição do senador. "O nosso projeto continua o mesmo, nossa determinação é do Osmar ser candidato. Não vamos discutir nada enquanto o senador não se reestabelecer", avisou. "Ele que vai determinar qual será o caminho sendo ou não candidato."

Hoje Zucchi embarca para São Paulo para visitar Osmar Dias no Incor. Segundo o deputado, a recuperação é muito boa e nos próximos dias ele já deve estar de volta ao Paraná. "Com certeza haverá compatibilidade entre a recuperação do senador com o prazo político necessário para que possamos ter uma posição", disse Zucchi.

O deputado federal Gustavo Fruet, que está sendo "convocado" pelo partido para ser o plano B, admite que as articulações entre o bloco de oposição estão deixando o palanque pronto para a campanha. "Se eu quisesse ser candidato e estivesse tentando construir essa candidatura ao governo, talvez não conseguisse tanto."

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