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Governo se muda para a nova sede só em abril

Um dos projetos que estão em suspenso com a mudança da Secretaria de Obras é o novo prédio do governo do estado, o antigo Fórum inacabado, que foi reformado para abrigar secretarias de governo. Entregue pela construtora em dezembro, o prédio chegou a ser inaugurado na posse do atual governo de Roberto Requião, no dia 1.º de janeiro, mas passados 75 dias, continua desocupado.

O prédio público ficou durante quase 20 anos abandonado no Centro Cívico. Foi projetado para abrigar o Fórum de Justiça, mas a obra precisou ser paralisada no meio. Na gestão passada de Requião, ele determinou que fossem feitos estudos para retomada da construção.

De acordo com a Secretaria de Obras, o prédio ainda não está acabado, passando por acabamento. Quando Marcelo Almeida tomou posse como secretário, em 13 de fevereiro, resolveu parar todas as obras, até tomar par da situação de cada uma. A construção desse prédio, como está quase finalizada, deve ser estudada sem a paralisação. A previsão é de entregar a obra entre os dias 7 e 17 de abril. Mas não há definição de quando o prédio será ocupado.

Caso o deputado federal Odílio Balbinotti (PMDB) seja confirmado no Ministério da Agricultura, o governo do Paraná terá de escolher um novo titular para a Secretaria de Estado de Obras Públicas. O atual secretário e primeiro suplente do PMDB na Câmara, Marcelo Almeida, confirmou ontem que pretende assumir a vaga de Balbinotti em Brasília. O prazo para que o suplente assuma o mandato é de 60 dias a partir da licença do parlamentar.

Se tiver o nome aprovado pelo governo federal, Balbinotti toma posse na Agricultura na próxima quinta-feira. A partir daí, a Câmara Federal convoca o primeiro suplente, no caso Marcelo Almeida, que tem dois meses para assumir o mandato ou deixar a vaga para o segundo suplente, que é André Zacharow (PMDB).

"O governador Roberto Requião (PMDB) me pediu para esperar um pouquinho mais. Mas é 100% decidido que vou para Brasília", disse Almeida. "Esse sempre foi meu sonho e o motivo pelo qual trabalhei. E tenho respeito aos quase 86 mil votos que recebi em todo o Paraná. Não ficaria aqui de jeito algum", disse o secretário.

Enquanto não deixa o posto na Secretaria de Obras, Almeida pretende continuar fazendo um levantamento das obras paradas e buscando uma reorganização da pasta. "Quero deixar o setor redondo, em ordem para o meu sucessor."

Substituição

Segundo o líder do governo na Assembléia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e o próprio Marcelo Almeida, Roberto Requião ainda não tem idéia de quem pode assumir a Secretaria de Obras. "Não vou participar dessa escolha nem da indicação. É uma ação exclusiva do governador. E qualquer nome agora é puro balão de ensaio", disse Almeida.

De acordo com Romanelli, existe a possibilidade de Requião nomear para o cargo o segundo suplente, André Zacharow. "O governador pode pensar no nome dele, embora ele tenha mais o perfil do setor financeiro. E para a Secretaria de Obras é melhor um perfil técnico do que político", disse o deputado. Romanelli defendeu ainda um possível retorno de Luiz Caron, antigo titular da pasta e que ocupa hoje a função de assessor especial do governador.

"O Caron fez um excelente trabalho na Secretaria de Obras. Reduziu os preços e fez andar e melhorar o padrão das obras no estado. Mas o cargo é de escolha exclusiva do Requião", afirmou o líder do governo. O que dificulta a volta de Caron, porém, é a bronca pública que ele levou do governador no dia 1.º de janeiro deste ano, durante a cerimônia de posse. Requião ficou insatisfeito com a forma como divisórias foram instaladas no gabinete dele no novo prédio do Centro Cívico e chamou a atenção de Caron, então secretário, diante das câmeras de televisão.

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