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Indicado pelo PSDB para ser vice na chapa do candidato à Presidência da República, José Serra, o senador tucano Alvaro Dias (PR) começou a segunda-feira (28) agradecendo aos colegas pela lembrança do seu nome. Por telefone, ao senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Dias foi direto: "Estou ligando para agradecer e pedir sua ajuda no que for possível. Com um apoio desses, ficamos firmes."

Ao G1, Dias foi mais cauteloso. Em relação ao DEM, que resiste em aceitar a opção dos tucanos, ele afirmou apenas que "sabe seu lugar" e que pretende "atuar como coadjuvante" de Serra no projeto do PSDB de chegar ao Palácio do Planalto. "Estou tentando me colocar à disposição para resolver as questões em torno da candidatura de Serra. Pretendo colaborar como coadjuvante, porque o talento de Serra não pode ser desperdiçado por essas disputas", disse Dias.

O vazamento da decisão do PSDB sobre o vice, ocorrido a partir do Twitter do presidente do PTB, Roberto Jefferson, na última sexta-feira (25), provocou reações indignadas de líderes do DEM. O partido reivindica a vaga de vice na chapa de Serra como forma de "agregar" forças na oposição ao governo Lula e à candidatura da petista Dilma Rousseff.

Reunião DEM e PSDB

Sob ameaças de até desfazer a aliança em torno do projeto tucano – caso o nome de Dias seja mantido –, a cúpula do DEM se reúne nesta segunda com Serra, em São Paulo, para definir a questão do vice. No domingo, líderes democratas se reuniram no Rio de Janeiro para conversar sobre o posicionamento da legenda a respeito da indicação de Dias.

Segundo o deputado federal José Carlos Aleluia, o presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia, é o indicado para tratar da questão do vice com os tucanos. Aleluia informou estar em Salvador e que não tem expectativa de participar de encontro com o PSDB. A assessoria de Maia informou que ele está no Rio de Janeiro e que não há previsão de encontro com Serra nesta segunda.

Para a Rádio CBN, o senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB e coordenador da campanha de Serra, disse que deve se reunir com Rodrigo Maia nesta segunda para tentar um acordo entre os partidos e sinalizou que pretende manter a indicação.

Ansiedade

Dias, no entanto, nega ansiedade pelo desfecho da reunião. "Sei qual é o meu lugar. Não vou interferir nas questões do DEM e na conversa com o Serra. Me cabe apenas aguardar", argumentou. O senador tucano diz ter conversado com os líderes do DEM sobre o desentendimento ocorrido por conta da escolha do seu nome: "Os colegas [do DEM] afirmam que não é nada pessoal [a resistência ao nome de Dias]. Não há nada contra a minha indicação, só que eles lembram que a postulação do DEM à vaga de vice era anterior à indicação do meu nome."

O senador do PSDB disse que não conversou com Serra durante o fim de semana. Ele voltou a dizer que a indicação é "uma convocação irrecusável". Sobre a situação de uma eventual aliança no Paraná, com o seu irmão, o também senador Osmar Dias (PDT-PR), Alvaro Dias afirma que a sua indicação favorece o cenário pró-Serra: "A minha indicação favorecer a um acerto [com Osmar Dias]. Consideramos importante o Paraná. Ele pode ser decisivo na eleição."

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