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Um homem acima de qualquer suspeita. É assim que as vítimas do americano Charles Maximillian Lutz, de 36 anos, o descreveram para a polícia. Executivo, fluente em quatro idiomas e de boa aparência, ele é acusado de molestar sexualmente, desde 2004, pelo menos quatro meninos, todos moradores de uma comunidade carente na Zona Norte do Rio. Indiciado por atentado violento ao pudor e exploração sexual pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), Max, como é conhecido, está com a prisão expedida pela Justiça, mas está foragido.

As investigações começaram no dia 1º de fevereiro, quando a mãe de um menino de 11 anos esteve na Dcav e disse que filho havia passado todo o fim de semana anterior na casa de um homem em Campo Grande, na Zona Oeste. Após ser pressionado pela mãe para contar o que havia acontecido, o menino revelou que fizera sexo oral com o homem.

Passeios e presentes

Em depoimento à polícia, o menor contou que encontrava com Max desde 2004, quando tinha apenas 9 anos. Afirmou que foi apresentado ao americano por um rapaz homossexual, morador da mesma comunidade da Zona Norte. Segundo ele, outros três meninos da favela conheceram Max do mesmo jeito.

O garoto disse ainda que, nos primeiros encontros, Max apenas o levava para passear, comprava presentes, doces, e o convidava para jogar videogame e tomar banho de piscina em sua casa. Os dois se encontravam sempre na estação ferroviária de Santa Cruz. Quando o menino desembarcava do trem, o estrangeiro já o esperava em seu carro, um Passat alemão prata.

- Até que, um tempo depois, Max propôs a ele que tirasse a roupa, como uma brincadeira. Desde então, em troca desses favores, pedia para fazer sexo oral com o menino - contou a delegada Renata Teixeira, titular da Dcav.

Segundo a delegada, o americano agia sempre da mesma forma:

- Ele se aproximava dos garotos, geralmente de comunidades carentes, e os comprava com todos esses presentes em troca de sexo.

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