Três presos já foram assassinados por detentos rebelados da Penitenciária de Segurança Máxima de Viana, onde os internos estão amotinados desde a manhã de sábado. Um deles foi decapitado. Os corpos foram pendurados na parte externa da unidade, em frente à guarita principal.
A situação no presídio, nesta segunda-feira, é tensa. O agente penitenciário, identificado como Jaílson, está amarrado a um botijão de gás. Por telefone celular de um detento, apesar do bloqueio do sinal na área do presídio, o agente implorou ao governo para que o Batalhão de Missões Especiais não ocupe a unidade porque teme a reação dos rebelados.
Além dele, parentes de presos foram feitos reféns. Entre eles, idosos, crianças, gestantes e adolescentes.
Armados com cinco pistolas 9mm e duas granadas, os presidiários querem a presença da Pastoral Carcerária e de autoridades do governo do estado para negociarem o fim do motim. Os amotinados reivindicam a transferência de cinco presos de alta periculosidade, que estão sob custódia da Polícia Federal para o sistema prisional capixaba. Entre eles, dois dos maiores traficantes do Estado: Antônio Marins, o Toninho Pavão, e Fernandes de Oliveira Reis, o Fernando Cabeção.
Sem água para beber, sem comida e sem energia elétrica, os rebelados aceitam liberar reféns idosos, crianças e gestantes. Os presos também querem a retirada dos corpos da área do presídio e ameaçam matar outros detentos.



