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Rebelião

Situação ainda é tensa em presídio do Espírito Santo

Os detentos exigem a volta dos chefes do tráfico que foram transferidos para a carceragem da PF

O clima ainda é tenso, nesta segunda-feira, na Penitenciária de Segurança Máxima de Viana, na Grande Vitória, no Espírito Santo, onde os detentos mantêm 245 reféns - entre eles, um agente penitenciário, familiares e até crianças. As negociações foram retomadas nesta manhã.

Oitenta homens da Força Nacional de Segurança estão no estado para ajudar a conter o motim, que teve início no sábado. Dois detentos foram assassinados pelos próprios presos dentro do presídio. Um deles foi decapitado. Os corpos foram pendurados na parte externa da unidade, em frente à guarita principal.

Os detentos exigem a volta dos chefes do tráfico que foram transferidos para a carceragem da Polícia Federal. Mas o governo descarta essa possibilidade.

Rebeliões controladas

No últimos dias, o Espírito Santo foi palco de outros dois motins. Na Casa de Passagem de Vila Velha - onde os presos estavam rebelados desde quarta-feira - o motim terminou no fim da tarde de domingo, com a libertação de quatro reféns. Um detento morreu.

Foram liberados a assistente social Zildete Soneghtti, de 45 anos, o agente penitenciário Josimar, e as evangélicas Santinha Polonine da Silva, de 68 anos, e a filha dela, Eliana Maria Polonine da Silva, de 44 anos. Todos passam bem.

Na Penitenciária Regional de Linhares, no norte do estado, o motim - que começou no sábado - também foi controlado neste domingo depois que a polícia invadiu o prédio. Um helicóptero da PM foi usado para facilitar a ocupação. Um detento foi espancado e jogado do alto do prédio, mas não morreu. Os cerca de 50 familiares de presos que estavam retidos no complexo desde o início da rebelião foram liberados.

A crise na área da segurança pública do Espírito Santo trouxe novamente os homens da Força Nacional de Segurança Pública ao estado. De acordo com o Palácio Anchieta, os militares ficarão sob as ordens diretas do Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Antonio Carlos Coutinho, e vão atuar prioritariamente nos presídios.

Logo após o desembarque no domingo, os policiais seguiram para o 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha. De acordo com o coronel Coutinho, a chegada da Força Nacional vai permitir que os homens da PM atuem diretamente nas ruas, de maneira ostensiva, intensificando o combate às ações criminosas.

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