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A Anistia Internacional classificou como um passo importante a condenação do policial militar Carlos Jorge Carvalho , pela Chacina da Baixada , em nota distribuída nesta quinta-feira. Para a entidade, no entanto, a condenação de só um policial de baixa patente não é o suficiente para deter o crescimento de casos de assassinatos praticados por policiais e por grupos de extermínio no Estado do Rio.

A organização não-governamental lamentou que continue a haver mortes, acrescentando que estatísticas mostram que a polícia do Rio matou cerca de mil civis em situações descritas como resistência seguida de morte, casos que tiveram investigação deficiente. Esses números não incluem homicídios praticados por policiais envolvidos com esquadrões da morte.

A Anistia International disse ter recebido informação de que as investigações da polícia e de peritos foram incompletas ou deficientes, o que poderia ter permitido a libertação - por falta de provas - de quatro dos onze suspeitos iniciais da chacina.

A ONG frisou ainda que, "mais uma vez mais, nenhum policial de patente mais elevada ou membro do governo foi considerado responsável pelo persistente uso excessivo da força ou violência por integrantes da força policial do Rio".

A ONG criticou também que "após um ano e cinco meses das mortes, os parentes das vítimas ainda estejam aguardando por indenização do Estado". E frisou que o policiamento violento e repressivo provou que não garante segurança efetiva, especialmente em comunidade mais carentes. A entidade sugere que está na hora de as autoridades fazerem reformas profundas no sistema de segurança pública.

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