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Cerca de 400 pessoas participaram, na tarde desta segunda-feira, de uma manifestação em frente da Igreja da Candelária, no Centro, contra a proposta de redução da maioridade penal. Representantes de organizações de luta pelos direitos humanos, do movimento estudantil e políticos estiveram presentes na homenagem às oito crianças mortas na chacina da Candelária, que completa 14 anos nesta segunda. No início da tarde, o trânsito ficou lento nas avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, no sentido Cinelândia. Os manifestantes chegaram a ocupar três, das seis faixas, da Avenida Brio Branco.

Cerca de 70 entidades ligadas aos direitos humanos participaram de uma passeata após o ato na Candelária, que durou cerca de uma hora, entre a igreja e a Cinelândia. Durante a passeata, manifestantes exibiram uma bandeira do grupo Rede Contra Violência, que mostrava o símbolo do Pan portando fuzil.

O desembargador Siro Darlan, representante regional do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente (Conanda), órgão ligado à Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), leu, ao final da missa, um manifesto contra a redução da maioridade penal e lembrou os 17 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que, segundo ele, é referência internacional na luta pelos direitos das crianças e dos jovens.

Darlan era juiz titular da 1ª Vara da Infância e Juventude do Juizado de Menores do Rio de Janeiro quando aconteceu a chacina em frente da igreja da Candelária. Para ele, a falta de oportunidades é o principal motivo para a criminalidade na juventude.

- A falta de respeito aos direitos fundamentais estimula a violência, pois, quando as pessoas se sentem injustiçadas, elas tendem a buscar a justiça pelas próprias mãos. Uma forma de combater esse caminho equivocado é garantindo à criança e ao adolescente a dignidade e o respeito aos seus direitos fundamentais.

Na manifestação, houve apresentações de capoeira, de música e de circo, todos de projetos sociais de comunidades do estado. Segundo um dos organizadores do protesto, Victor Neves, da ONG Projeto Legal, nove ônibus de comunidades de Acari, Irajá, Guadalupe, Coelho Neto e do Complexo da Maré, entre outras, trouxeram jovens e crianças para participar do protesto.

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