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Após o aumento das reclamações sobre reações provocadas pelo formol usado no alisamento de cabelos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) organizou uma campanha para alertar cabeleireiros sobre o produto, que é proibido.

A Anvisa distribuiu, na semana passada, folheto para explicar o que a aplicação do formol na pele ou nos cabelos pode provocar. Há também a orientação para o profissional conferir a origem e o conteúdo de cremes antes de utilizá-los.

Segundo a Anvisa, o formol pode ser usado apenas como conservante ou endurecedor de unhas e proteção de cutículas, em condições específicas e com as advertências na rotulagem nos produtos.

O processo de alisamento do cabelo não provoca prejuízos à saúde, desde que o produto usado pelo cabeleireiro atenda às exigências da legislação sanitária e o procedimento seja feito de acordo com as orientações do fabricante. Ao comprar um alisante, é necessário conferir se há o número de registro na Anvisa no rótulo do produto, além de outras informações como o modo de usar, advertências e restrições.

Entre os principais problemas que o uso do formol provoca estão irritação, queimaduras, queda de cabelos, feridas na boca, laringe e olhos, além de poder levar até a morte. Morte não explicada

Em março, a dona-de-casa Maria Ení da Silva, de 33 anos morreu em Porangatu (GO), depois de passar por um tratamento para alisar os cabelos. Ela aplicou o produto em um salão e foi orientada a não lavar a cabeça durante três dias. A dona-de-casa reclamou de dores de cabeça, coceira e dificuldade para respirar, chegou a ser levada para hospitais, mas morreu alguns dias depois. A dona do salão onde o produto foi aplicado afirma que nunca usou formol.

Depois disso, o número de denúncias sobre o uso de formol aumentou. Também em Goiás, a técnica de enfermagem Simone Moreira de Souza, de 30 anos, foi internada com a cabeça inchada, dores no pescoço e na cabeça e fadiga muscular, após fazer uma escova progressiva com essência de chocolate.

A delegada Christyane Alves da Costa, que investigou o caso de Maria Ení, informou que o inquérito foi concluído, mas não há culpados. "O médico avaliou que a causa da morte foi provocada por uma intoxicação, mas não foi possível descobrir o que provocou essa intoxicação. Não dá para atribuir ao tratamento", disse.

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