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O senador Osmar Dias (PDT), candidato ao governo do Paraná, anunciou ontem o apoio do PSB na campanha, ao lado do ex-governador Jaime Lerner (PSB) e da ex-primeira-dama Fani Lerner (PSB). O encontro foi marcado por respostas aos ataques feitos pelo governador Roberto Requião nos últimos dias. "Mantive um silêncio respeitável quanto a assuntos políticos até agora. Mas como cidadão, não posso me omitir. O meu apoio e o do meu partido é incondicional ao senador Osmar Dias, que é o melhor projeto para o Paraná", afirmou Lerner.

O ex-governador fez críticas a Requião, que tentava o apoio do PDT e ainda busca o do PSDB à sua candidatura. "Queriam transformar a eleição em nomeação. O Paraná tem o direito a alternativas, e o povo, de julgar e escolher", disse Lerner. "É melhor ter um maior número de candidatos do que uma nomeação com transgênicos, pois o que se fazia era uma transgenia na política paranaense."

Jaime Lerner fez indiretas também ao PSDB. "Espero que outros partidos tenham a coragem de não endossar os que queriam nomeação. Um partido que tem candidato a presidente da República tem de zelar por isso", provocou. Apesar de o PSDB ainda não ter decidido se apóia o senador Osmar Dias, alguns tucanos participaram do encontro, como o presidente estadual do partido, Valdir Rossoni, o líder tucano na Assembléia Legislativa, Ademar Traiano.

O presidente do PSB estadual, Severino Araújo, e inúmeras lideranças políticas paranaenses também estiveram presentes à oficialização da coligação. Osmar Dias está montando uma grande frente de oposição a Requião. Além do PP e PSB, que já estão na coligação, também conversam com o PDT o PSB, PAN, PMN, PTN e PTC. O PTB também está negociando com o pedetista e hoje pela manhã haverá uma reunião entre Osmar e o presidente estadual do partido, deputado federal Alex Canziani.

"Já houve discordância entre mim e Lerner, mas nunca desrespeito. Reconheço o que ele fez pelo Paraná e o PDT está satisfeito em tê-lo junto", disse Osmar Dias. Segundo ele, o partido precisava do apoio de alguém "que lutasse pela industrialização, para que haja mais empregos", referindo-se ao incentivo que Lerner deu para a instalação de indústrias no Paraná. "Vamos continuar com esse processo, conhecemos a agricultura e vamos aprender com quem sabe atrair indústrias, e não espantá-las."

O senador não se limitou a falar dos programas de governo. Ele rebateu algumas críticas feitas por Requião, que disse que a eleição seria fácil e acusou partidos de barganharem apoio. "O Paraná está merecendo ouvir a população. E não, que as idéias sejam impostas goela abaixo", disse Osmar. "Entro com humildade e calma na campanha. Ninguém pode prever resultado antes."

Sobre as críticas feitas por Requião ao senador Alvaro Dias (PSDB), o candidato afirmou: "O meu irmão foi a um ato antes que o PSDB decida o que vai fazer". Osmar lembrou ainda que sempre teve boas relações com o governador. "Ele (Requião) foi, nos últimos 40 dias, seis vezes à minha casa. Sempre o tratei com respeito. Não se muda conceito em relação às pessoas em poucos dias".

Osmar declarou ainda que o PP e o PSB nunca condicionaram nada em troca do apoio, nem a vaga do candidato a vice-governador, que será escolhida até amanhã. "Solicitei a cada partido que faça a sugestão de nomes e farei a minha escolha. Ainda espero outros partidos para fechar a chapa." O PTB é um dos esperados. "Quanto ao PSDB, entendo e reconheço a luta do Rossoni e do Traiano, que são homens de palavra. Mas não interfiro na decisão dos peessedebistas e vou respeitá-la."

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