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Símbolo do poder no Paraná, o Palácio Iguaçu vai passar por uma grande restauração a partir do ano que vem. O edifício, inaugurado em 1954, está marcado pela ação do tempo e pelas várias intervenções ao longo de sua história.

Infiltrações, esquadrias comprometidas, instalações elétricas e hidráulicas precárias são apenas alguns dos problemas que afligem o prédio. A Secretaria de Obras tem uma estimativa inicial de R$ 15 milhões para a reforma. No entanto, o governo estadual já sabe que os gastos podem ser ainda maiores. Apenas com a remoção dos gabinetes do Palácio para o novo prédio no Centro Cívico será possível verificar todas as obras necessárias.

A mudança dos gabinetes está prevista para ocorrer no início do ano que vem. A inauguração do novo prédio, o antigo esqueleto do Fórum, será em 1.º de janeiro, dia da posse do governador reeleito Roberto Requião (PMDB). "Com o Palácio Iguaçu desocupado, poderemos pesquisar e localizar as intervenções que devemos fazer", diz o o secretário de Obras, Luiz Caron. Segundo ele, esta será a primeira restauração do Palácio Iguaçu. "Até agora só foi feita muita maquiagem."

A previsão orçamentária do estado prevê um conjunto de reformas a serem feitas pelo governo estadual. As informações obtidas na Secretaria do Planejamento indicam que não há uma rubrica específica para obras no Palácio, mas parte do dinheiro destinado a obras em geral pode ser repassado para esse fim específico. De acordo com Caron, assim que o prédio estiver vazio, a Secretaria de Obras fará um laudo técnico com a previsão dos reparos necessários. Com esse documento pronto, a expectativa é de que os recursos sejam liberados e as obras comecem no segundo semestre.

A reforma vai se concentrar em seis pontos: estrutura, revestimento, impermeabilização das lajes, restauração das esquadrias e instalações hidrossanitárias e elétricas. As esquadrias da parte posterior do Palácio, por exemplo, estão todas comprometidas. Quem freqüenta o Palácio Iguaçu nem percebe, já que no hall de entrada foi erguida uma parede de dry-wall, que esconde a estrutura e serve como proteção. Grande parte das esquadrias é de alumínio e está deformada, afundando o piso e as calçadas. A estrutura torta impede que se abram portas e janelas, além de permitir entrada de água. De acordo com Caron, os vidros todos também precisam ser trocados, respeitando as normais atuais. "Esse vidro que temos hoje é daqueles que não quebra, é um grande perigo para quem passa por aqui. Precisamos daquele que quebra em pedaços."

A fiação elétrica e os cabos da rede lógica também precisam ser refeitos. Em todas as salas do Palácio há gambiarras, fios improvisados ou colados ao chão com fita crepe para impedir que alguém tropece.

Outro problema visível é a infiltração, que já danificou muitas paredes, pisos e pilares. "As grandes lajes estão comprometidas pela carga de radiação ultravioleta recebida ao longo do tempo", explica Caron. No Salão Nobre, o piso está completamente solto, devido à umidade, e, ao se caminhar sobre ele, tem-se a impressão de que ele vai quebrar. "Queremos que o Palácio Iguaçu volte a ser um palácio de verdade", diz o secretário.

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