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Os grupos responsáveis pelos 22 projetos selecionados para a segunda maratona Hacker – o Hackathon – apresentaram os resultados dos produtos desenvolvidos durante o evento realizado no fim do mês passado na Câmara dos Deputados, em Brasília. Os cinco dias de trabalho resultaram em 19 aplicativos voltados a fortalecer as políticas de gênero e cidadania, tema da maratona deste ano. Dos sistemas criados, dois serão premiados.

Em 2013, o Hackathon teve foco em transparência legislativa e interatividade. Desta vez, o tema dos projetos foi direcionado. Outra mudança em relação à maratona passada foi a obrigatoriedade de pelo menos uma participante mulher ou transgênero nos grupos inscritos em 2014. Dos 47 participantes desta edição, 24 eram mulheres.

Dos 19 aplicativos confeccionados, um foi criado por jovens de Maringá, no Noroeste do Paraná. O aplicativo, chamado de Myrthes, consiste numa rede social para troca de informações entre mulheres vítimas de violência e advogados e psicólogos voluntários.

Outro trabalho desenvolvido é o "Minha voz", que orienta a mulher sobre o modo de agir em casos de violência, com base em seu próprio depoimento. No site, a mulher poderá fazer um teste para entender o tipo de violência que sofreu – se abuso ou exploração sexual, violência física, psicológica ou obstétrica, por exemplo. A partir das respostas das vítimas, o site vai informar como proceder em cada caso.

Entre os demais trabalhos apresentados estão ainda um que mapeia a aplicação da Lei Maria da Penha (11.340/06) no país; outro que agrega dados sobre a prática do aborto no Brasil; além de projetos que reúnem dados sobre a participação das mulheres na Câmara dos Deputados e sobre as propostas delas para fortalecer as políticas de gênero. Outro traz informações sobre o orçamento e as políticas públicas do governo de cada estado brasileiro voltadas para as mulheres.

Premiação

Até a última sexta-feira, todas as propostas apresentadas no evento teriam de ser finalizadas. Os links para os projetos ficarão disponíveis para a banca avaliadora – formada por especialistas – que vai analisá-los de acordo com quesitos como inovação, interesse público, acessibilidade e qualidade técnica. O grupo de jurados se reunirá para chegar a um consenso em uma reunião fechada que será filmada e depois disponibilizada a todos os participantes. O resultado deve ser divulgado no dia 17 de dezembro.

Os autores dos dois projetos vencedores serão premiados com passagem e hospedagem para participar de um encontro sobre democracia digital nos EUA.

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