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McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares. | Divulgação
McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares.| Foto: Divulgação

Presidente

Desaprovação de Lula é maior em Curitiba

O prestígio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está abaixo da média nacional, quando o tema é discutido em Curitiba. A pesquisa Gazeta do Povo/Paraná Pesquisas mostrou que 51,20% dos entrevistados aprova o governo petista. Mas em contrapartida, um índice muito próximo demonstra que os eleitores da capital – 44,64% – não estão satisfeitos com a admistração federal. Outros 4,16% não souberam responder.

No plano nacional, a situação política do presidente é mais confortável. De acordo com a última pesquisa do Instituto Sensus, divulgada no mês passado, 64% dos entrevistados aprovam Lula e 29,8% o desaprovam.

Resta agora saber se Lula e a ministra Marta Suplicy, do Turismo, após a declaração sobre a crise aérea, irão ajudar Gleisi Hoffmann (PT) em 2008. Marta é autora da célebre frase "relaxa e goza" em relação ao caos nos aeroportos. Gleisi diz que quer o apoio da ministra. (KC)

O governador Roberto Requião (PMDB) não fará muita diferença na corrida pela prefeitura de Curitiba. Pelo resultado da pesquisa Gazeta do Povo/Paraná Pesquisas, o apoio do governador não interfere na decisão de voto da maioria dos eleitores.

O governador pode até alavancar uma candidatura de um nome de seu partido, por exemplo, já que 32,3% dos curitibanos afirmam que aumentariam sua vontade de votar em um candidato apoiado por Requião. Mas, na mesma proporção em que ajuda, o governador também atrapalha a campanha porque outros 30,7% tendem a não votar no candidato oficial do governo.

"Requião é o tipo de político que divide as pessoas entre os que o amam e o odeiam. Essa divisão está muito clara na pesquisa entre os que são influenciados ou não pelo apoio do governador. Mas pequenos fatos políticos ou ações da administração podem fazer muita diferença durante uma campanha", diz o sociólogo e professor de marketing da FAE Ricardo Pimentel.

O índice de eleitores que não votaria no candidato oficial de Requião está muito próximo do patamar de desaprovação do governo estadual. De acordo com a pesquisa, 39% dos curitibanos não estão satisfeitos com a atual gestão estadual.

Apesar da maioria – 56,6% – aprovar o governo Requião, os números indicam que essa situação favorável não é transferida para seu candidato.

As últimas experiências de apoio comprovam essa dificuldade de transferência de voto por parte de Requião. Na eleição para a prefeitura de Curitiba, em 2000, quando ainda era senador, Requião se empenhou para eleger o irmão Maurício Requião (PMDB) em uma disputa onde concorreu também o outro irmão, Eduardo Requião, pelo PDT. Nenhum dos dois conseguiu chegar ao segundo turno, em que Cássio Taniguchi venceu Ângelo Vanhoni (PT) e foi reeleito.

Em 2004, o governador voltou a participar da campanha municipal. Subiu no palanque do então candidato a prefeito pelo PT, Ângelo Vanhoni. Participou de comícios, andança nos bairros, licenciou-se do cargo e foi para a televisão conclamar o eleitor de Curitiba a eleger o petista. Vanhoni, no entanto, acabou perdendo a eleição para Beto Richa (PSDB).

No ano passado, o governador enfrentou uma nova eleição. Cuidou da própria campanha em busca de mais quatro anos de mandato e não deixou de pedir votos para a petista Gleisi Hoffmann na disputa pelo Senado. Com uma diferença de apenas 10 mil votos sobre o principal concorrente, Osmar Dias (PDT), Requião conseguiu a reeleição no segundo turno, mas assistiu a uma nova derrota de seus escolhidos, com a vitória do senador Álvaro Dias (PSDB) sobre Gleisi.

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