• Carregando...
Sarney ocupa a Presidência: além de Dilma, Temer e Marco Maia estarão afastados em função de viagens oficiais | Antônio Cruz/ABr
Sarney ocupa a Presidência: além de Dilma, Temer e Marco Maia estarão afastados em função de viagens oficiais| Foto: Antônio Cruz/ABr

5 anos foi o tempo de presidência de José Sarney, entre 1985 e 1990. Depois de deixar o Planalto, o maranhense passou a se candidatar sempre ao Senado pelo estado do Amapá e ocupa a presidência da Casa pela terceira vez.

Depois de 22 anos, o senador José Sarney (PMDB-AP) poderá voltar à cadeira de presidente da República. Com a viagem da presidente Dilma Rousseff para a França e a Rússia, a partir de amanhã, quem assume o governo é o vice-presidente Michel Temer, primeiro na linha da sucessão. Mas Temer deve embarcar para Lisboa, entre os dias 14 e 15, para as comemorações do "ano do Brasil em Portugal". O segundo na linha de sucessão, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), também deve estar fora do país. Há uma previsão de que o deputado viaje para cumprir agenda do Mercosul. O gabinete, então, ficará aberto para Sarney, o terceiro nome na linha da sucessão presidencial.

A interinidade de Sarney seria, segundo análises, uma "homenagem" de Dilma ao ex-presidente, que comandou o Planalto de março de 1985 a março de 1990. Sarney foi vice na chapa de Tancredo Neves, durante o processo de redemocratização do país, e acabou herdando a presidência quando Tancredo morreu, um mês após o início do mandato. Mas assessores da Presidência e do Senado negam que esta composição seria uma tentativa de agradar Sarney no momento em que ele poderá ser instado a colocar em votação a derrubada do veto presidencial ao projeto dos royalties do petróleo.

O fato é que a presidente Dilma está preocupada com a mobilização dos governadores de estados não produtores de petróleo, capitaneados por Cid Gomes, do Ceará, que querem derrubar o veto da presidente para garantir a distribuição dos recursos. Entre os governadores, está Roseana Sarney, do Maranhão, filha do presidente do Senado. Embora a derrubada do veto seja uma manobra considerada difícil de ser concretizada, o Planalto foi alertado sobre o risco de isso ocorrer e tenta agora uma aproximação com Sarney.

A proposta vetada por Dilma garantia uma distribuição dos recursos do pré-sal para todos os estados. Após a decisão da presidente, as verbas serão distribuídas para os atuais estados produtores (no caso de contratos já firmados) ou iriam para a educação, no caso de novos contratos.

No início da semana, a presidente Dilma Rousseff esteve em São Luiz, no Maranhão, quando destacou a parceria do Planalto com o governo maranhense e tratou o ex-presidente como uma das "mais destacadas personalidades" maranhenses. Dilma também agradeceu a Sarney por "todas as iniciativas que, na liderança do Senado, ele tem propiciado ao Brasil". No Palácio dos Leões, sede do governo, a presidente recebeu as medalhas da Ordem dos Timbiras e Manoel Bequimão, concedidas respectivamente pelo governo do estado e pela Assembleia Legislativa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]