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José Luis Oliveira Lima, advogado de José Dirceu | Nélson Jr./STF
José Luis Oliveira Lima, advogado de José Dirceu| Foto: Nélson Jr./STF

Insinuações

Gleisi muda o tom e critica Joaquim Barbosa

A ex-ministra e senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que quando ocupava a Casa Civil costumava ser comedida ao comentar o caso do mensalão, criticou ontem as declarações do presidente do STF, Joaquim Barbosa (veja o que ele disse na página 14). Ela o acusou de levantar "ilações" sobre o processo de indicação dos ministros da corte pela presidente Dilma Rousseff, para abrandar as penas dos condenados. "Ele abre mão da argumentação jurídica e técnica para insinuar que o processo de escolha carece de seriedade e responsabilidade. Estaria sua indicação também sujeita à suspeição?", discursou Gleisi no plenário do Senado.

Das agências

O PT comemorou ontem a derrubada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da tese de que uma quadrilha comandou o esquema do mensalão. Para integrantes da legenda, a decisão vai ajudar a construir uma nova narrativa do escândalo e afastar do partido a marca de ter "quadrilheiros" em seus quadros.

"Caiu a farsa do crime de formação de quadrilha", afirmou o presidente nacional do PT, Rui Falcão. "Dizer que [José] Genoino é quadrilheiro, que o João Paulo [Cunha] é quadrilheiro, é um desrespeito a essas pessoas", disse o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP). "Mesmo que tardiamente, o STF fez Justiça. O PT já dizia, antes da decisão, que não havia quadrilheiro no partido."

No Senado, o líder do PT na Casa, Wellington Dias (PI), disse que os presos pelo processo do mensalão foram julgados de forma precipitada. "Isso fica de reflexão não só para eles, políticos e empresários, mas para todo cidadão, que tem direito de ter uma condenação apenas após o trânsito em julgado de um processo", disse Wellington Dias.

O advogado do ex-ministro José Dirceu, José Luis Oliveira Lima, divulgou nota dizendo que a absolvição de seu cliente atinge o "coração" da acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República e demonstra "de maneira cabal" que "jamais existiu uma organização criminosa" chefiada pelo seu cliente. E disse que, com a absolvição, fica demonstrado que a acusação foi uma "peça de ficção".

Sem holofotes

Já o vice-presidente da Câmara, o deputado paranaense André Vargas (PT-PR), preferiu criticar a antiga postura do STF e elogiar a nova. "Estamos voltando a um Supremo equilibrado, sóbrio e técnico. Sempre disse que os juízes devem falar nos autos, não para os holofotes", afirmou Vargas.

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