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“Esse mundo [jurídico] é meio esquisito. Realizamos debates fortes, às vezes com ofensas das mais apimentadas e, na hora do lanche, estamos conversando, rindo.” Eliana Calmon, corregedora do CNJ, sobre a relação dela com o presidentre do STF, Cezar Peluso | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
“Esse mundo [jurídico] é meio esquisito. Realizamos debates fortes, às vezes com ofensas das mais apimentadas e, na hora do lanche, estamos conversando, rindo.” Eliana Calmon, corregedora do CNJ, sobre a relação dela com o presidentre do STF, Cezar Peluso| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, afirmou que retomará, de onde pararam, as investigações contra magistrados que foram suspensas pela liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello no final de 2011, esvaziando os poderes da instituição.

Emocionada, Calmon disse, no entanto, que isso só poderá acontecer quando o Supremo Tribunal Federal (STF) terminar de analisar a ação da Associação dos Ma­­­gistrados Brasileiros (AMB) contra a Resolução 135 do CNJ, que definiu regras para sua atuação. "Até agora, tudo continua como antes", afirmou.

Já a AMB afirmou em nota oficial não considerar uma derrota a decisão do Supremo de manter os poderes de investigação do CNJ. Para a entidade, a decisão também não fortalece o CNJ. "Quem saiu fortalecido foi a magistratura brasileira quando tivemos o resultado, em última instância, dado pelo STF. É importante que se diga que a AMB quis uma manifestação do STF sobre os assuntos polêmicos", diz em nota o vice-presidente de Comunicação da AMB, Raduan Miguel Filho, que acompanhou o julgamento.

Apesar de já estar resolvido o principal ponto da ação, que tratava dos poderes de investigação do conselho, os ministros Su­­­premo ainda precisam julgar outros artigos que também fo­­­ram questionados. O julgamento será retomado na próxima quarta-feira.

Calmon se disse "muito feliz" com o resultado de quinta-feira e afirmou que ficou "muito orgulhosa" da sociedade brasileira, por ter se envolvido na crise que tomou conta do Poder Judiciário nos últimos meses. "A Justiça brasileira está engrandecida."

Calmon disse, com os olhos mareados, que não vinha dormindo direito, mas afirmou que não guarda mágoas de ninguém. "Me perguntaram ontem [quinta-feira] o que eu iria fazer agora. Eu disse: dormir, pois não durmo há três meses."

Questionada sobre sua relação com o presidente do STF e do CNJ, Cezar Peluso, ela afirmou que está "a melhor possível". "Esse mundo [jurídico] é meio esquisito. Rea­­lizamos debates fortes, às vezes com ofensas das mais apimentadas e, na hora do lanche, estamos conversando, rindo", brincou.

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