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Grupo promete continuar escrevendo frases de protesto em muros ligados ao PT | NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO
Grupo promete continuar escrevendo frases de protesto em muros ligados ao PT| Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

O grupo de pichadores que escreveu frases contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na porta do Instituto Lula, na sexta-feira (4) à noite, agora atacou a sede nacional do PT em São Paulo, localizada na rua Silveira Martins, centro da capital.

“Basta de corrupção” e “país da impunidade” eles picharam em uma das paredes do prédio, na noite deste sábado (5). O local é o mesmo onde o ex-presidente deu uma entrevista coletiva na tarde de sexta, após ser levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas.

“Acompanhamos os vários acontecimentos sobre a Lava Jato, a Petrobras e toda essa sujeira. Nossa forma de protestar em relação a isso é nos muros, com frases de protesto contra toda essa roubalheira”, disse à Folha um dos integrantes do grupo. “Como nós, vários brasileiros estão cansados de tanta podridão na política”.

O grupo assina com as iniciais OSBV, DNM e o nome Blair e promete continuar escrevendo frases de protesto em muros ligados ao PT.

Os pichadores disseram que já fizeram isso na época do escândalo protagonizado pelo ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, conhecido como Lalau, condenado por desviar cerca de R$ 170 milhões da construção do Fórum Trabalhista de São Paulo na década de 1990.

O grupo também conta ter feito uma pichação em frente à casa do prefeito Fernando Haddad (PT) para se manifestar contra a redução da velocidade para 50 km/h em vias da cidade.

“Somos todos trabalhadores e não somos de nenhum partido”, disse o pichador que atua como porta-voz do grupo. Eles têm entre 29 e 39 anos e já participaram de manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff na avenida Paulista.

Instituto Lula

A pichação no Instituto Lula ocorreu após um dia tumultuado, em que o ex-presidente foi o alvo da 24ª fase da Operação Lava a Jato, batizada de Aletheia. O instituto foi um dos locais vasculhados pela Polícia Federal.

Neste sábado, um grafite assinado pelo artista Tody One foi feito na porta do instituto para cobrir o ato de vandalismo.

“Povo de luta”, diz uma das frases do grafite. “Xenofobia não passará. Somos nordeste, somos fortes, somos luta!”, diz outra.

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