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Curitiba

Após relatório, Salamuni promete cortar gastos com publicidade

Presidente da Câmara ressaltou que o problema ocorreu em gestões anteriores. Relatório do TC, obtido pela Gazeta do Povo, aponta que a verba promoveu 14 parlamentares

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O presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, Paulo Salamuni (PV), disse em plenário, na manhã desta segunda-feira (18), que vai reduzir os gastos da Casa com publicidade. O anúncio foi feito um dia depois de a Gazeta do Povo divulgar que um relatório preliminar do Tribunal de Contas do Paraná (TC) verba de publicidade da Câmara foi usada para promover 14 vereadores e ex-vereadores da capital paranaense.

"Curitiba vai ter a Câmara com menor verba de publicidade, entre as capitais", disse Salamuni.

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Salamuni destacou, em seu pronunciamento, que o mau uso do dinheiro ocorreu em gestões anteriores e que pretende esperar o relatório definitivo do TC.

O documento que embasa a matéria divulgada no domingo pela Gazeta do Povo pede que os responsáveis - sem citar nomes, porém - pelo uso indevido dos recursos devolvam aos cofres municipais o equivalente a R$ 29 milhões. A aplicação irregular da verba ocorreu entre 2006 e 2011.

Nota oficial

Em nota oficial divulgada na tarde de domingo, a Câmara afirmou que pretende esperar a conclusão da auditoria do TC. A Casa "vai aguardar o resultado definitivo deste processo para então seguir os ritos previstos na Lei Orgânica Municipal e em seu Regimento Interno, buscando sempre a total transparência e a colaboração para o esclarecimento dos fatos", diz o texto.

A auditoria

A auditoria do TC– oficialmente chamada de tomada de contas extraordinária – começou em junho de 2011, pouco antes de as primeiras suspeitas de irregularidades no uso da verba de comunicação da Casa terem se tornado públicas. Técnicos do TC analisaram cerca de 30 mil documentos. Numa parceria com a Receita Federal, foram listados os sócios das empresas beneficiadas. Os técnicos também buscaram relações entre os donos dessas empresas e os vereadores.

O resultado é um relatório de 700 páginas que indica uma série de irregularidades no uso da verba destinada à comunicação da Câmara. O documento reforça as suspeitas levantadas, desde 2011, numa série de reportagens da Gazeta do Povo e da RPC TV. O relatório, porém, não é definitivo e ainda será analisado pelos conselheiros do TC – que são os responsáveis por decidir se cabem ou não punições aos envolvidos. Os suspeitos também terão direito a apresentar argumentos para se defender.

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