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O vice-presidente disse que tratou da reforma política com Lula, e que tem se reunido com lideranças de outros partidos para falar do tema | /
O vice-presidente disse que tratou da reforma política com Lula, e que tem se reunido com lideranças de outros partidos para falar do tema| Foto: /

Três dias após assumir a articulação política do governo, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (9) que a presidente Dilma Rousseff (PT) deu a ele “autonomia” para negociar com os partidos no Congresso Nacional, inclusive fazendo nomeações.

Ao sair de uma reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Instituto Lula, em São Paulo, Temer foi questionado por jornalistas se teria autonomia para fazer nomeações para cargos no governo. “A presidente me deu poderes para tanto. Evidentemente sempre falarei com ela, trocaremos ideias, mas tenho autonomia para fazer todos os levantamentos e estudos. E não é só esse ponto. O diálogo com o Congresso Nacional é o que me cabe e o farei com muito prazer”, disse o vice-presidente.

Temer negou que o país esteja vivendo hoje uma “ingovernabilidade” e afirmou que Dilma, ao convidá-lo para assumir a articulação política, disse: “somos parceiros, você vai me ajudar a governar”. “E é isso que estou fazendo”, concluiu.

Ainda sobre a relação entre o Palácio do Planalto e o Congresso, cada vez mais conturbada, Temer preferiu sair em defesa dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e disse que o Legislativo tem suas competências e “as exerce com sobranceria”.

“Eles [Cunha e Renan] são meus companheiros, meus amigos, e temos estabelecido muito bem essa conceituação institucional. O Executivo não governa sozinho. Para bem governar, o Executivo precisa ter o apoio político e legislativo do Congresso. E para isso serve o diálogo”, declarou Temer.

Reforma política

O vice-presidente disse que tratou da reforma política com Lula, e que tem se reunido com lideranças de outros partidos para falar do tema. Na próxima semana, Temer vai se reunir com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “É fundamental fazer a reforma, qual será, o Congresso que vai definir”, disse Temer.

Lula foi um dos entusiastas para que Dilma colocasse um peemedebista na articulação política. “Delicadamente ele [Lula] me disse que talvez eu me saia bem”, brincou Temer, que deve tratar de sua eventual saída da presidência do PMDB somente na próxima semana.

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