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Aposentados vão pressionar o governo por reajuste igual

Paulo Pereira da Silva: reajuste de aposentadorias pode chegar a 9% | José Cruz / ABr
Paulo Pereira da Silva: reajuste de aposentadorias pode chegar a 9% (Foto: José Cruz / ABr)

Os aposentados estão aproveitando as pressões das centrais sindicais para pedir o mesmo porcentual de aumento do salário mínimo para os benefícios superiores ao piso nacional. A equiparação dos reajustes é uma reivindicação antiga dos beneficiários do INSS que recebem acima do mínimo. Eles reclamam da perda de poder de compra ao longo dos anos porque o piso nacional tem recebido seguidos reajustes reais e as aposentadorias e pensões acima do piso, não. Cerca de 8 milhões de aposentados e pensionistas estão nesse grupo.

"Vamos pressionar para que seja dado o mesmo porcentual que será concedido para o mínimo", diz o presidente da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins. Neste ano, depois de muita pressão sob o Planalto, os aposentados conquistaram um reajuste de 7,72% para quem recebe acima do mínimo. Isso significou um aumento real de 4%, o equivalente a 80% da variação do PIB de 2008.

Na reunião de ontem com o relator geral do orçamento no Congresso, o senador Gim Argello (PTB-DF), as centrais sindicais propuseram que a fórmula seja repetida em 2011. Mas, dessa vez, considerando o crescimento do país em 2010. De acordo com o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, o reajuste ficaria em 9%. Mas a Gazeta do Povo calculou que o aumento seria de 11,8% – considerando as previsões de um PIB de 7,5% e a inflação de 5,5%. A proposta teria um impacto adicional de R$ 12 bilhões por ano no caixa da Previdência.

Embora a medida seja defendida pela Força Sindical, o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados – que é ligada à Força–, João Inocentini, afirma que a luta continua sendo pelo aumento real equivalente a 100% do PIB. "Para nós, a equidade é a proposta. Sabemos que manter o aumento igual para todo mundo é difícil. Mas as alternativas serão apresentadas ao longo da discussão, na mesa de negociações."

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Qual deve ser a prioridade do governo em 2011: dar um reajuste maior para o mínimo ou investir em outra área?

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