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Hermes Leão, presidente da APP: “ Se o governo vai descontar salário, não temos condições de voltar”. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Hermes Leão, presidente da APP: “ Se o governo vai descontar salário, não temos condições de voltar”.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A APP Sindicato vai orientar os professores da rede estadual a votar pelo retorno às salas de aula, na assembleia da categoria marcada para a terça-feira (9), somente se o governo do Paraná abonar as faltas ocorridas devido à greve.

O impasse foi criado depois que a Secretaria de Educação confirmou que, na folha de pagamento de junho, cerca de 20 mil profissionais terão desconto de quatro dias no salário referentes aos dias de paralisação do mês de abril. Agora, o sindicato dos docentes corre contra o tempo para tentar costurar um acordo com o governo para abonar as faltas e cancelar a punição. Para a APP, essa é a única forma de evitar a continuidade da greve, que começou em 27 de abril.

Presidente da APP Sindicato, Hermes Leão explica que, depois da nova proposta de reajuste aos servidores do estado apresentada na quarta-feira (3), a intenção dos dirigentes sindicais era convocar a assembleia para esta sexta -feira (5) ou sábado (6). Mas, após uma reunião na quarta-feira com a secretária de Educação, Ana Seres Comin, os professores decidiram ganhar tempo. “A secretária se sentiu impotente para tomar essa decisão [sobre as punições] e assumiu esse compromisso público. Ela tentou ligar para o governador Beto Richa e para o deputado Ademar Traiano [presidente da Assembleia], mas eles estavam em viagem. Esse impasse colocou a assembleia para o dia 9 [terça], porque precisamos desse tempo para dialogar.”

Leão diz que a decisão de voltar ou não às aulas será dos professores em assembleia. Mas ele avalia que o retorno fica inviável se o governo insistir nos descontos de salário e em não abonar as faltas. “Se o governo vai descontar salário e manter as faltas, que prejudicam nossa carreira, não temos condições de voltar.”

Em nota, a Secretaria de Educação diz que, em caso de retorno imediato dos professores às aulas, “não serão abertos processos administrativos contra diretores de escolas, não serão feitas rescisões para contratos de professores temporários e que as faltas de maio e junho serão negociadas mediante reposição das aulas”. Já sobre as faltas de abril, a secretaria se limitou a dizer que já foram lançadas no sistema. Em entrevista à RPC, porém, a secretária Ana Seres disse que o abono dessas faltas também poderá ser discutido futuramente, caso os professores voltem às aulas.

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