• Carregando...
Servidores protestaram ontem na Câmara de Curitiba: sindicato pedia reajuste de 19,24% e considerou que os 10% foram insuficientes | Diego Pisante/ Gazeta do Povo
Servidores protestaram ontem na Câmara de Curitiba: sindicato pedia reajuste de 19,24% e considerou que os 10% foram insuficientes| Foto: Diego Pisante/ Gazeta do Povo

Projetos

Veja os projetos colocados em pauta:

• Aumento dos vencimentos dos guardas municipais em R$ 300 a partir de setembro.

• Modificação de vencimentos dos médicos e dentistas.

• Aumento gradativo dos vencimentos dos cirurgiões dentistas até 2016.

• Incorporação de R$ 100 que eram pagos como gratificação ao salário dos servidores.

• Aumento de 10% no salário dos servidores.

• Autorização do pagamento de licença prêmio acumulada a aposentados. Não votada até o fechamento da edição.

• Aumento dos vencimentos dos conselheiros tutelares. Não votado até o fechamento da edição.

A Câmara de Curitiba colocou ontem em votação um pacote de sete projetos de lei instituindo benefícios na remuneração dos servidores da prefeitura. O reajuste salarial de 10% a todos os funcionários do município foi aprovado em primeira votação. Hoje ocorre a segunda e última votação do projeto. O aumento deverá será pago no salário de abril.

Dentre os principais projetos, também foram aprovados pelos vereadores a incorporação de R$ 100 de gratificação no salário de todo o funcionalismo e reajustes salariais específicos para guardas municipais, médicos e dentistas (veja no quadro os demais projetos).

O pacote de medidas foi enviado à Câmara pelo prefeito Luciano Ducci (PSB). A prefeitura tinha pressa em aprovar os projetos porque, pela Lei Eleitoral, reajustes de servidores só podem ser concedidos até o dia 10 de abril.

Insuficiente

O Sindicato dos Servidores Públicos de Curitiba (Sismuc) considerou que o aumento de 10% é insuficiente. O Sismuc alega que o porcentual aprovado não vai repor as perdas salariais históricas do funcionalismo, que chegam a 19,24%. A bancada de oposição apresentou uma emenda propondo um aumento de 16%. Até o fechamento da edição, a emenda ainda não havia sido votada. Mas a tendência era de que fosse derrubada pelos vereadores da base de apoio ao prefeito.

Para o líder da prefeitura na Casa, Roberto Hinça (PSD), o aumento proposto pelo município é adequado. "Nunca na história da cidade de Curitiba houve um reajuste como foi dado agora. Para se chegar a 10%, valor bem acima da inflação [de 6,5%], foi feito um grande esforço pelo chefe do Poder Executivo", afirmou. Na avaliação de Hinça, é natural que os sindicatos peçam mais, mas a maioria dos servidores está satisfeita. Além disso, ele disse que um aumento maior poderia comprometer as contas da prefeitura.

Já a vereadora Professora Josete (PT) afirmou que a prefeitura poderia superar o índice de 10%, já que gasta apenas 36% de seu orçamento com a folha de pagamento – o limite máximo, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, é 54%. De acordo com ela, o custo para a prefeitura da emenda apresentada pela oposição seria de R$ 180 milhões anuais, quantia que considera insuficiente para causar um impacto muito grande na administração da cidade.

Protestos

Parte dos servidores municipais paralisaram ontem suas atividades como protesto pela proposta de 10% de reajuste. Cerca de 100 servidores estiveram presentes na Câmara. Além de pedirem 19,24% de reajuste, eles queriam a incorporação de outras gratificações ao salário dos servidores – o que não ocorreu. Apesar de não terem todas as reivindicações atendidas, os funcionários municipais não devem entrar em greve.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]