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Discussão adiada

O projeto que trata da obrigatoriedade do cadastramento de cães e gatos em Curitiba teve a votação adiada na sessão desta segunda-feira (29) da Câmara. A proposta é da vereadora Julieta Reis (DEM) e prevê que os donos de animais de estimação cadastrem os bichos junto à Prefeitura ou em estabelecimentos credenciados. Desta forma, cada animal teria uma espécie de "carteira de identidade".

O adiamento ocorreu para que um projeto semelhante proposto pelo Executivo possa ser analisado. "Fiquei sabendo que a Prefeitura está remetendo um projeto parecido para a Câmara. Vamos estudar e ver quais adaptações pode ser feitas em nossa proposta", explicou Julieta. A ideia deve voltar a ser debatida depois de dez sessões.

O projeto sobre o cadastramento tramita na Câmara desde 2003 e recebeu um substitutivo geral no ano passado. O objetivo principal do projeto é fazer com que os proprietários tenham mais responsabilidade com os animais, buscando também diminuir o número de cães e gatos abandonados em vias públicas.

A Prefeitura já disponibiliza, por meio da Rede de Defesa e Proteção Animal de Curitiba, a instalação de microchips de identificação definitiva em animais. É cobrado dos proprietários o valor de custo do chip, cerca de R$ 10. A relação de veterinários e estabelecimentos autorizados a instalar o equipamento na cidade está disponível no endereço www.protecaoanimal.curitiba.pr.gov.br

Adriano Ribeiro

Veja a reportagem do ParanáTV

O projeto de lei que permite o fechamento do tráfego de veículos nas ruas residenciais sem saída foi aprovada, em primeira discussão, na Câmara Municipal de Curitiba. A proposta, do vereador Mário Celso Cunha (PSB), foi aprovada pelos vereadores por 22 votos a 4.

O projeto permite que os moradores destas ruas instalem uma cancela para monitorar a entrada de veículos e contratem segurança particular para a vigilância da via pública. Pelo projeto, os veículos "estranhos" ficam impedidos de entrar nas ruas. De acordo com Cunha, o principal objetivo é garantir a segurança dos moradores.

O vereador estima que existam cerca de 2,5 mil ruas curitibanas que poderão se transformar em condomínios. "É claro que nos casos de carros oficiais, como Copel, Sanepar, Bombeiros, polícia, prefeitura e ambulâncias, o tráfego será liberado", explica Mario Celso. Outro ponto levantado pelo vereador diz respeito ao controle de entrada e saída de veículos. "Nunca poderão ser colocadas correntes, cadeados ou portais, pois isto poderia prejudicar a entrada de veículos de emergência", alerta.

A vereadora Renata Bueno (PPS), responsável por um dos quatro votos contrários à aprovação da lei, considera o projeto elitista e inconstitucional. "O projeto foi feito para agradar alguns poucos interessados. Nada justifica começar a dividir cidade", disse. Ela acredita que a lei não será sancionada e, caso isso ocorra, deve receber uma ação direta de constitucionalidade proposta pelos moradores que podem ter diminuídos seus direito de liberdade de locomoção. "Você transfere o patrimônio público para o privado", afirmou.

Mesmo votando a favor da aprovação da lei, o vereador Aldemir Manfron (PP) fez uma ressalva no plenário quanto ao uso futuro que poderá ser dado a nova regra. "Do ponto de vista da segurança é muito bom, mas o projeto deixa uma brecha para que os futuros loteamentos se transformem em condomínios, sem dar nenhuma contrapartida social", alerta.

A lei veda o fechamento de ruas quando estas permitirem acesso à área pública de lazer, equipamento público ou área institucional, como as praças.

Caso a proposta seja aprovada, os pedidos de fechamentos das ruas sem saída deverão ser feitos junto à Secretaria Municipal de Urbanismo. O fechamento será dado por um alvará de autorização emitido pela prefeitura a título onerosos, ou seja, cada morador da rua fechada terá um pequeno acréscimo no valor do carnê de IPTU.

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