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| Foto: Gisele Pimenta /Frame

Desde que os servidores invadiram um dos prédios da Assembleia Legislativa na terça-feira da semana passada, o site da Casa permanece fora do ar. A sede do Legislativo estadual será reaberta nesta quarta-feira na parte da tarde, depois de um balanço dos prejuízos que eventualmente tenham sido provocados pela invasão.

Com os professores da rede estadual em greve e acampados em frente ao Palácio Iguaçu há mais de uma semana, o governador Beto Richa (PSDB, foto) tirou o feriadão de carnaval para descansar. Depois de ser acuado pelos servidores e ter de retirar os dois projetos de austeridade de tramitação da Assembleia Legislativa, o tucano foi visto passeando tranquilamente de bicicleta no último domingo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina. Enquanto isso, a pressão sobre os deputados estaduais continua. Nas redes sociais, docentes não se cansam de postar mensagens e fotos contra os parlamentares que se posicionaram a favor das propostas do Executivo.

Tempos difíceis 1

A falta de diálogo não é o único problema do governo federal. Além do bate-cabeça do Palácio do Planalto na defesa de suas ações e projetos, a presidente Dilma Rousseff enfrenta dificuldades com a bancada de seu partido, que não demonstra a mesma combatividade dos tempos em que era oposição. Dos 64 deputados petistas da atual legislatura, apenas três eram deputados − Arlindo Chinaglia (SP), Henrique Fontana (RS) e Luiz Sérgio (RJ) − antes da chegada de Lula ao poder, em 2002, e outros 21 − um terço da bancada − estão em primeiro mandato. Já no Senado, na bancada de 14 parlamentares, não há ninguém que tenha vivido os tempos de oposição na Casa.

Tempos difíceis 2

A ampla maioria dos parlamentares do PT é totalmente desconhecida de Dilma, que nunca teve uma atuação partidária intensa. A maior parte da bancada se dedica mais às questões paroquiais e temas sociais – como educação, reforma agrária e direitos humanos – do que ao enfrentamento político propriamente dito. Poucos têm atuação partidária nacional. "O momento para o governo é muito difícil. Acredito que isso obrigará nossa bancada a amadurecer rapidamente", disse um parlamentar do PT.

DNA de político

Neto do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Renzo, de 7 anos, tem chamado a atenção por sua desenvoltura junto a políticos experientes. Num encontro recente do avô com a presidente Dilma Rousseff, ele aproveitou para fazer suas cobranças. "Dilma, você tem que cuidar dos caranguejos em Barra de São Miguel [refúgio praiano da família em Alagoas]. Senão eles vão acabar", alertou. Depois de a petista dizer que não podia fazer nada sobre o assunto, o garoto respondeu: "Mas você é presidente da República. Pode tudo!".

Enrolado na Justiça

Relator da comissão da reforma política e um dos dez novos vice-líderes do governo na Câmara Federal, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) é alvo de representação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por compra de votos nas eleições do ano passado. Além disso, o PMDB piauiense, sob a presidência dele, teve a prestação de contas de 2010 rejeitada. O MPE pede à Justiça a cassação do mandato de Castro e a aplicação de uma multa. O peemedebista nega as acusações.

Pinga-fogo

Não pode um único movimento querer prevalecer. Uma coisa é lutar por direitos, outra é buscar privilégios. Não pode uma minoria ditar regra para a maioria.

Anderson Ferreira (PR-PE), deputado federal, autor do projeto do Estatuto da Família.

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